O IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) anunciou que o governo gastou entre 2000 e 2007, cerca de R$ 1, 268 trilhão, em juros da dívida pública. Enquanto o investimento em educação e saúde, no mesmo período, foi de apenas 43,8%. Os gastos com a dívida pública chegam a 8,5 vezes mais, que o investido em educação. Segundo o IPEA, esses gastos são: "improdutivo, pois não gera emprego e tampouco contribui para ampliar o rendimento dos trabalhadores".
O dinheiro usado para o pagamento da dívida pública poderia ser usado para construção de novas escolas e universidades, ou aumento de vagas nas universidades públicas, a contratação de mais professores para novas universidades e escolas técnicas, que o ministro da educação foi ao congresso na sexta-feira (07/11/08) tentar manter, pois a oposição não quer aprovar; poderíamos também construir hospitais e dar um aumento aos salários dos trabalhadores da saúde. Poderíamos adotar uma série de medidas a favor da classe trabalhadora e da juventude, que foi quem elegeu Lula.
Infelizmente Lula e o governo de coalizão, que buscam conciliar o interesse da classe trabalhadora com os da burguesia, não têm essa opinião.
A posição histórica do PT foi pelo não pagamento da dívida pública, pois seu pagamento significa tirar dinheiro do povo e dar aos banqueiros e acionistas que nada produzem. Também o PT sempre combateu os que hoje Lula chama de aliados, como Sarney, Collor e Maluf.
Esses “aliados” que para aprovar a contratação de professores para as novas escolas técnicas e universidades não são aliados, ou seja, não serve aos interesses da classe trabalhadora.
Por isso, não podemos admitir que um governo eleito pelos trabalhadores pague a dívida pública. A coalizão não serve a classe trabalhadora!
Contra o pagamento da dívida pública, que o governo Lula rompa com a burguesia e invista esse dinheiro em benefício dos trabalhadores e da juventude!
João Diego Leite - Presidente da União Joinvilense dos Estudantes Secundaristas (Ujes)
