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terça-feira, 29 de setembro de 2009

Como Vamos Estudar sem Ter como Chegar?

Estudantes das mais diferentes escolas de Joinville enfrentam vários problemas parecidos. Um destes é o fato de que como não há escolas próximas a suas casas, sejam escolas públicas ou particulares, são obrigados a enfrentar uma batalha diária para obter o acesso ao conhecimento. Todos os dias centenas de jovens enfrentam uma luta ferrenha contra a violência do transito, o transporte público ou a má concervação das ciclovias, muitas vezes inexistentes, em Joinville.

 
 Em uma conversa com o polícial Fernando, que é responsável pela formação de alunos no projeto Aluno Guia da cidade, sobre as ciclovias o policial comentou: 'Em Joinville não temos ciclovias, temos ciclofaixas, para ser considerada uma ciclovia seriam necessários uma série de aspectos tecnicos que garantissem a segurança das pessoas que por ela trafégam, o que temos em Joinville não oferece nenhuma segurança aos usuários, os requesitos internacionais são exigentes, justamente para garantir a segurança das pessoas, enquanto isto não for posto em prática aqui continuaremos sofrendo todos os dias com mortes'.

 Sem possibilidades de pagar o preço da tarifa de ônibus de Joinville (2,70 embarcada), os trabalhadores e seus filhos são obrigados a enfrentar o transito caótico e a falta de segurança que se tem andando de bicicletas na cidade. O mais intrigante é que um jovem que só estude gastará R$ 129,60 reais mensais para ir a escola, seus pais outros R$ 129,60 reais similares para o pai e outros idênticos para a mãe, seus irmãos do mesmo modo, ao fim uma família com 5 pessoas gastará R$ 648,00 reais todos os meses se simplesmente viver para trabalhar e não sair de casa a não ser para ir para a escola, e não nos esqueçamos em quanto anda o salário minimo, R$ 465,00 reais. Ou seja, não trabalharemos para outra coisa se não para satisfazer a sede de dinheiro que o sistema de transporte privado sustenta através do suor do povo trabalhador desta cidade. 

 Todo jovem deve ter possibilidade de estudar, independente de sua classe social, isto é um direito constitucional, conquistado através de anos de luta. Uma solução efetiva para este problema que afeta estudantes de toda cidade é o passe-livre. Para todos os jovens que querem estudar, independentemente da distancia que seja sua casa da escola, curso, faculdade. E isto é uma coisa que conquistaremos se estivermos organizados, a exemplo de Cuiabá, nos grêmios, DCE's(Diretorios Centrais dos Estudantes), CA's(Centros Academicos), UEE's( Uniões Estaduais dos Estudantes), com manifestações, panfletos, discussões, reuniões nas salas, nos pátios, nas ruas, na cidade.

Johannes Halter

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Honduras: Povo Levanta-te à Luta!


   No dia 28 de junho istaurou-se o regime golpista encabeçado por Micheletti, o presidente hondurenho Manuel Zelaya foi expulso do país, e uma combinação de repressão, censura e resistência do povo se produz. O povo hondurenho durante 86 dias luta, os trabalhadores, camponeses e jovens mantiveram um movimento heróico de resistência contra o regime golpista. Com manifestações na capital Tegucigalpa, a população exige o retorno do seu presidente e o fim do governo golpista, os golpistas revidaram com o exército e com a polícia, com toques de recolher constantes, prisões e assasinatos, tudo para manter em silêncio a maioria da população. Enquanto a maioria do povo se manifesta e luta, a minoria, a oligarquia, ou seja, os grandes empresários e fundiários do país fazem entrevistas a empresa ao lado do governo golpista, dizendo que eles tem o total a poio da burguesia hondurenha.

 

  Até agora a oligarquia do país já perdeu somas astronomicas de dinheiro devido ao fato de o povo não aceitar o golpe e bloquear as fábricas através de greves e ausências, além do clima internacional devido a ação dos golpistas, o regime balança com a pressão do povo que realiza manifestações de 50 mil pessoas na capital. Apela então para novamente a repressão e censura, dos meios de comunicação e direitos individuais. Somado a tudo isto o presidente deposto pelos golpistas Manuel Zelaya retorna secretamente a Honduras neste dia 22/09(terça-feira) e se abriga na embaixada brasileira, o governo golpista cerca a embaixada, ameaça invadila e assasinar o presidente.

 

 A energia e água da embaixada foram cortadas pelo governo golpista e os prédios aos arredores ocupados pelo exército, mesmo assim o povo se dirige dia e noite em direção a embaixada celebrar a volta do seu presidente e desafiar o regime golpista, as manifestações são reprimidas com a polícia anti-disturbios e até agora milhares de pessoas foram presas, centenas estão feridas e pelo menos duas mortes estão confimadas causadas pelo golpistas. Da embaixada Manoela Zelaya conclama o povo hondurenho as ruas e dirigiu-se à multidão com o grito de batalha: “Pátria, restituição ou morte!”



 O Grêmio Estudantil repúdia o governo dos golpistas e exige o retorno de Zelaya, não aceitamos qualquer ataque a vontade e liberdade do povo, é solidário ao povo hondurenho e sua luta, convoca o povo de honduras a derrubar o regime golpista e restituir o seu presidente legítimo, convoca o povo brasileiro a se manifestar contra este ataque aos trabalhadores, estudantes e camponeses. Não nos esqueçamos da nossa recente história, onde "andavamos de lado e olhavamos para o chão", a Ditadura Militar Brasileira com seus generais, que assasinou tantos inocentes, ou então Pinochet no Chile, que com o apoio do Governo Americano acabou com a vontade do povo e matou seu presidente. Povo hondurenho levanta-te e vai a luta, brasileiros levantemo-nos e lutemos, isto coloca na ordem do dia:

  • Viva a luta do povo de Honduras!

  • Abaixo a ditadura de Micheletti!

  • Abaixo a oligarquia!

  • Manifestações de massa, greve geral e insurreição nacional!

Johannes Halter
Militante da Juventude Revolução da Esquerda Marxista
Membro do Grêmio Estudantil

terça-feira, 22 de setembro de 2009

FIM DO VESTIBULAR DE VERDADE, SÓ COM VAGAS PARA TODOS!

Fábio Ramirez 



 
 
O dito 'fim do vestibular' anunciado pelo Ministro da Educação Fernando Haddad e apoiado fervorosamente pela UNE e UBES, não passa de uma fraude.
 

No projeto apresentado pelo governo, o ENEM (Exame Nacional do Ensino Médio) se tornaria o exame substituto ao vestibular em todas as universidades federais. Em vez dos alunos prestarem uma prova específica da instituição no qual almejam estudar, prestaria o ENEM.

Assim, o governo anuncia o fim das provas locais de seleção como sendo o fim do vestibular, mas “esquece” de avisar aos jovens que o funil continuará existindo porque não está se criando uma só nova vaga! “Esquece” de avisar aos jovens que a maioria esmagadora deles continuará fora da universidade.

O vestibular vai acabar?

Na prática o vestibular não irá acabar e em vez dos jovens serem barrados pelo dito vestibular, serão barrados agora pelo novo ENEM! Nada muda. Antes os cursinhos lucravam com a má qualidade do ensino fundamental e anunciavam na TV e no rádio orgulhosamente os primeiros colocados no vestibular, e agora anunciarão os primeiros colocados no ENEM. Trocaram-se os nomes dos bois, de vestibular para ENEM, mas o boi não deixou de ser boi.

Toda a falácia do governo tem um objetivo: tentar amenizar a constante e crescente pressão por mais vagas na educação pública superior. O aumento de vagas nas universidades públicas é praticamente insignificante frente à imensidão do número de jovens que não estuda porque não tem vaga. ->[leia mais]

PAREM O MASSACRE NA PERIFERIA!





 
 
 Protestos em comunidades como Heliópolis e Paraisópolis são cada vez mais freqüentes em resposta à violência policial.
 

  Nos 9 primeiros meses de 2009 já ocorreram 9 insurreições em comunidades pobres da capital paulista, com barricadas nas ruas, queima de ônibus e carros. As principais ocorreram em Paraisópolis, Jaçanã e Heliópolis. Todas em resposta a mortes de jovens moradores dessas comunidades causadas pela ação assassina das forças de repressão do Estado. Cada vez mais a polícia entra atirando nas comunidades pobres, matando trabalhadores e filhos de trabalhadores. ->[ leia mais]



domingo, 20 de setembro de 2009

Luta pelo passe-livre

  É uma vergonha que os estudantes não tenham passe-livre.  E que por falta de dinheiro desistam de estudar. A passagem custa 2,30 fora e 2,70 dentro do ônibus. Isso dá um custo mensal de quase R$ 100,00!

  Quem não tem dinheiro Vai de bicicleta, correndo risco de sofrer algum acidente, ou a pé. “acho um absurdo gastar R$2,30 para vir até escola, todos temos direitos de estuda, por isso queremos o passe-livre!” disse a estudante Rafaela da escola Presidente Médici, 15 anos.

  Diante disso a solução é lutarmos seriamente, todos juntos, por um único motivo: conseguir nossos direitos! Ser ouvido cada dia mais e não deixar-nos intimidar por aqueles que estão no poder!

 

Ana Carolina

Membro do grêmio estudantil do Presidente Médici

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Vitória dos Estudantes, Avante!

   Com uma discussão sobre a juventude secundarista e sobre o movimento estudantil realizou-se neste dia 15 de setembro na Escola Presidente Médici uma atividade com vários estudantes de diversos turnos e de várias escolas. Com os convidados João Diego Leite e Tiago de Carvalho, estudantes de Jornalismo e Direito, uma grande troca de experiência e enriquecimento para todos os presentes, debatidos os aspectos práticos e cotidianos dos estudantes relacionando-os a luta de todos os estudantes. Como disse Cristiliano Detoflho "vou conversar com os meus amigos sobre as coisas que discutimos aqui, o passe-livre é importante mesmo, pra todo mundo vir a escola". 

   Com mais uma vitória dos estudantes do Médici queremos chamar todos os alunos a consciencia e a mobilização, para que conquistemos os estudantes todos juntos, como disse Detoflho, as condições para que todo mundo possa ir a escola. E isto se constroi agora, com cada um de nós, se acha que pode fazer a diferença, se vê que como está as coisas não podem continuar, junte-se a nós, e conquistemos nossas reivindicações, cobremos o passe-livre, a educação pública gratuita e de qualidade, uma sociedade sem exploração, igualitária à todos, sem pobres e sem diferenças.


             Johannes Halter
             Militante da Juventude Revolução da Esquerda Marxista
             Membro do Grêmio Estudantil

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Missão de Paz com Armas?

   Analizemos quem é o interessado em ter as tropas brasileiras em um outro país soberano enquanto os indices de segunrança pública de nosso país são um dos mais baixos do mundo, enquanto o extrativismo ilegal na Amazonia continua todo vapor devido a falta de fiscalização. Enquanto milhões de jovens brasileiros são submetidos dia após dia a tortura do crime organizado nas áreas que aparentemente o Estado 'esquece' de investir.

   Enquanto o Brasil haje de forma a reprimir o povo haitiano, pelo fato deste povo querer andar com suas 'próprias pernas' e dicidir seu futuro, o povo brasileiro dia após dia sofre com o descaso e negligência dos orgãos públicos em todas as áreas.



   É preciso fazer uma análize histórica, ainda que rápida, do papel do exército, este corpo de homens permanente. O exército é o braço armado do poder burocrático, o estado, exprimido pela vontade de quem obtem o poder político na atual conjuntura mundial, quem tem o dinheiro, a classe dos grandes empresário, das corporações interenacionais, dos donos do capital, os grandes latifundiários. Tendo visto que ele funciona a serviço do estado, e o estado sendo um orgão dominado por quem tem o poder político e este poder estando hoje na mão da classe acima citada, a classe burguesa, ele irá servir ao interesse desta, em mão contrária a vontade da outra classe, a que reúne os trabalhadores e jovens em todos os lugares do planeta, aquela que nada possuí, a não ser sua força de trabalho e que precisa vende-la para poder subsistir, cuja vida e cuja morte é definida pela oferta de compra de mão de obra pelo mercado(conjunto dos interesses da classe burgusa exprimidos na forma de fábricas, bolsa, tecnologia), podemos saber por nós mesmo a que propósitos este corpo permanente de homens armados irá servir.


   
   Feita esta rápida análise, de forma a entender a situação do país, podemos nos questionar, por que o exército brasileiro possúi tropas no Haiti? Será porque os brasileiros querem oprimir outro povo irmão americano, por este querer decidir seu próprio destino em detrimento da vontade do capital imperialista? Ou porque a globalização que entrelaçou todos os povos da terra coloca na ordem do dia da burguesia suprimir toda e qualquer tentativa de levante da classe trabalhadora por seu próprio destino e vontade, pelo fim do imperialismo, exploração, dor e fome, ainda mais quando o país mais pobre das Américas vê que seu povo não precisa do capitalismo para ter um futuro e procura pelas vias socialistas. Será que é porque o povo haitiano elegeu por voto livre um presidente socialista para dirigir o país que a ONU e o EUA prepararam uma 'missão de paz', liderada pelas tropas brasileiras, missão essa que conta com helecopteros de guerra, tanques, fuzis, soldados, para com a ajuda burguesia depôr este presidente, e o povo querendo as mudanças foram as ruas exigir que o presidente volta-se e as tropas da 'missão de paz' fazem o papel de polícia do imperialismo atacando o povo? Será está uma missão de paz de fato ou o modo de que a burguesia encontra para suprimir o povo haitiano (mais pobre das Américas) que não aceita mais a dominação e exploração desta classe de exploradores?

   Abaixo um vídeo de jornalistas ingleses sobre a situação da 'missão de paz' no Haiti, colocando no dia a palavra de ordem 'Fora Tropas Brasileiras do Haiti'!


Outros Links:
  • Encontre o vídeo completo também aqui.
Johannes Halter
Militante da Juventude Revolução da Esquerda Marxista
Membro da Diretoria do Grêmio Estudantil Presidente Médici(UMEM)

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Façamos com nossas mãos

Senhores patrões chefes supremos

Nada esperamos de nenhum

Sejamos nós que conquistemos

A terra mãe livre comum

Para não ter protestos vãos

Para sair deste antro estreito

Façamos com nossas mãos

Tudo o que a nós nos diz respeito.


Trecho da música Internacional.

Música: Pierre Degeyter

Letra: Eugene Pottier

Carta do Grêmio aos Jornais, Mais Verbas e Vagas para Todos!

terça-feira, 1 de setembro de 2009

Escola Pública e de Qualidade

 Escola pública de qualidade ainda existe. Não precisa ser escola particular para ter boa qualidade, escola pública também pode ter esta vez no país, A melhoria da qualidade da educação envolve a superação de pessoal qualificado, cuidados, sabedoria e controle nos detalhes financeiros que fazem da escola, uma escola melhor.

 Neste cenário um esforço de mudança certamente requer investimentos em diferentes áreas: melhorias na infra-estrutura das redes de ensino, novas tecnologias educacionais, aprimoramento dos processos de formação de professores, além de outras. No entanto, as chances de que quaisquer investimentos públicos na melhoria da educação possam ser efetivamente realizados dependendo fortemente de fatores críticos.

 Enquanto a percepção geral do ensino público fundamental aponta para uma relativa satisfação, a avaliação das escolas em que os alunos estudam tende para o campo negativo. São poucos os aspectos de satisfação, e numerosos os pontos que geram descontentamento para muitos. “A idéia de que todas as escolas públicas do país são ruins e precárias é completamente equivocada.” A opinião é do ex-secretário municipal da Educação de São Paulo, Fernando J. de Almeida, que debateu a qualidade do ensino, mas de fato a grande massa de jovens tem suas condições de ensino de qualidade negadas..

 Para que ocorra uma educação de qualidade, não são necessários apenas equipamentos e ser moderna. Muitas vezes as pessoas pensam que por terem uma escola grande, com uma estrutura moderna faz com que sejam de boa qualidade, Não querendo dizer que escola estruturada e moderna seja ruim, mas querendo chegar a certo ponto de que precisamos mais do que algo que moderno, em conjunto. Por que pensando bem, não adianta ter "casa", mas não ter "recheio”. A qualidade do ensino no país esta sendo muito debatido na sociedade, debatendo derivadas dela como: Qualidade da educação, infra-estrutura, cozinhas, qualidade da escola em geral.

 Hoje em dia para ter qualidade não devemos só esperar o governo agir como nós também devemos tomar atitudes. Mas compete ao Governo mobilizar e garantir recursos necessários para que o Estado assegure escolas Públicas com qualidade, que permitam o acesso e a freqüência de todas as crianças, jovens e cidadãos em igualdade de circunstâncias, independentemente das suas condições econômicas e sociais.



Por; Mayara Hoffmann.