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quinta-feira, 30 de julho de 2009

Combater o racismo, lutar pelo socialismo!



 O capitalismo no período de desenvolvimento das forças produtivas criou umas das mais reacionárias ideologias: o racismo.
A política de cotas ou reserva de vagas nas universidades públicas, no serviço público, empresas, programas de televisão etc, para negros. Chamadas de “ações afirmativas”, esta política nada tem a ver com as reivindicações dos trabalhadores, ou com reivindicações democráticas. Elas se destinam a perpetuar a competição inerente ao sistema capitalista e transforma o proletário em cidadão da corporação cotista sem ligação com sua classe ou origem social. Crias assim mais um obstáculo para a organização do proletariado como classe e incentiva o racismo.

Não existem raças humanas!

O racismo é fruto do enorme abismo econômico e social entre as classes sociais, e suas verdadeiras raízes só podem ser encontradas nos tortuosos caminhos em busca do lucro realizado pelo capital.

Dividir para melhor dominar!

O objetivo do imperialismo é destruir os movimentos negros que buscam o caminho do socialismo e assim ajudar toda a classe operária.
Quando surge uma organização (Panteras Negras) o imperialismo introduziu as drogas e a política de “reparação” para destruí-los.
Foram criadas umas séries de produtos específicos para os negros, como: shampoo, cosméticos especiais, remédios, pois existiriam doenças “de negros”.
Esta “indústria negra” tinha acima de tudo um objetivo político: tentar criar a classe média negra integrada ao sistema capitalista e que o defendesse já que a imensa massa de negros nada tinha a perder neste sistema a não ser sua forma.


Marxismo e ações afirmativas!


As políticas afirmativas desarmam ainda, política e ideologicamente, as forças dos revolucionários porque contribui para dividir o proletariado e os trabalhadores. Ao invés de, por exemplo, no caso das universidades, todos lutarmos pela universalização do ensino público, gratuito e de qualidade organiza-se os negros e os indígenas a lutarem por suas cotas “tomando” uma parcela das vagas que o capital (o orçamento nacional) concede para os “brancos europeus”.
Se os negros, índios, cafuzos, ou amarelos envolvidos são operários, trabalhadores ou burgueses, para a concepção de mundo “cotista” não faz a menor diferença. Esta contraposição do “corporativismo” de uma “raça” contra o de outra apenas reforça o racismo inerente a uma sociedade de classes, pois o que de fato contrapõe o índio, o negro e o branco não é a etnia, mas a dominação de classe e a existência da exploração do homem pelo homem após tanto tempo sob a regência da propriedade privada. Ou a África do Sul pós Mandela deixou de ser racista porque conta agora uma burguesia negra?
Outro argumento ridículo: as cotas seriam uma superação, ainda que parcial e limitada, da injustiça inerente ao direito burguês que não pode ir para além de igualar os desiguais. Postula que adoção das cotas seria um passo em direção à “de cada um de acordo com sua capacidade, a cada um segundo sua necessidade”. Isto é uma falsificação consciente do conceito socialista, pois esconde e dissimula a existência do regime da propriedade privada dos grandes meios de produção, ou seja, de que a produção da riqueza é já social, mas que a sua apropriação continua privada.
As cotas cancelam o pertencimento de classe. Para as cotas, não importa se o individuo é burguês, trabalhador, camponês ou proletário. Tal como a ideologia burguesa dissolve o indivíduo em um cidadão abstrato, carente de determinações sociais e, assim, cancela as classes sociais pelo critério racista da cor da pele.
Os marxistas devem denunciar e combater as “políticas afirmativas”, entre elas as cotas, e do tipo de política baseada em conceitos de “raças” pela função social que exercem: reproduzem e renovam os preconceitos e o racismo de todos os tipos ao invés de combatê-los; fortalecem o particularismo e o espírito corporativo, desarmam e enfraquecem a critica revolucionária da sociedade e, por fim, dividem os trabalhadores entre as diferentes “raças” criando mais um obstáculo a ser superado na luta contra o capitalismo.


Mayara Inês Colzani

segunda-feira, 27 de julho de 2009

GOVERNO FEDERAL ALIVIA PARA PATRÕES E ATACA A FÁBRICA OCUPADA

GOVERNO FEDERAL ALIVIA PARA PATRÕES E ATACA A FÁBRICA OCUPADA

Alexandre Mandl 
Outros artigos deste autor


 
 
Enquanto o Governo dá permissão aos patrões continuarem metendo a mão no dinheiro das fábricas mesmo quando estão devendo, para os trabalhadores exige injustamente o que não devem e não têm!
 

Em 23/06, o jornal Valor Econômico publicava matéria na capa com o título “Penhorar os dividendos fica mais difícil”. Alegando equalizar procedimentos de cobrança a partir da criação da Super Receita, o governo revogou um artigo da Lei da Seguridade Social que proibia a apropriação e distribuição de lucros quando a empresa devia ao INSS. Mais uma vez o governo legisla, isto é, faz lei e as executa para salvar os patrões.

Valor Econômico publicou outra matéria de interesse dos patrões. O governo federal sancionou a Lei nº 11.945, de 4 de junho de 2009, que dispensa as empresas de apresentar Certidão Negativa de Débitos (CND) para obter empréstimos e refinanciamentos. Isto é, de apresentar este documento aos Bancos Públicos Federais, pois é certo que os bancos privados não aceitarão colocar seu dinheiro em risco, emprestando dinheiro para patrões caloteiros. Mas os bancos públicos podem emprestar aos caloteiros o dinheiro do povo. Mais uma vez o governo atende aos patrões...

E para aqueles que defendem os empregos... terrorismo!

No dia 8 de Junho, uma oficial de justiça foi à casa do Coordenador do Conselho de Fábrica da Flaskô (fábrica ocupada e controlada pelos trabalhadores desde 2003), companheiro Pedro Santinho, com uma intimação, responsabilizando-o pessoalmente pelas dívidas dos antigos patrões que ultrapassam o valor de 80 milhões de reais junto ao Governo Federal. A oficial de justiça acostumada a intimar, nestes casos, patrões milionários, foi embora sem penhorar nada, simplesmente porque não havia nada de valor, a não ser uma TV e geladeira, afirmando ainda que costuma penhorar obras de arte dos empresários (bom seria se os trabalhadores tivessem acesso à arte e bom seria se as obras de posse de empresários fossem realmente confiscadas).

No dia 1º de Julho, outro oficial de justiça esteve na Flaskô para intimar e nomear o mesmo companheiro, coordenador do conselho de fábrica eleito em assembléia, como fiel depositário de 14 processos da Fazenda Nacional com penhoras de faturamento que totalizam 154% do faturamento mensal. É fácil fazer as contas, 100% é todo o dinheiro da fábrica, que após ser ocupada pelos trabalhadores é utilizado integralmente para pagar salários, energia e matéria prima para continuar produzindo e mantendo os empregos. Com essa atitude o governo decidiu...

O governo Lula decidiu tentar liquidar a fábrica ocupada para acabar com este “mau exemplo”...

A cada dia é mais claro o que querem os patrões: acabar com a experiência das fábricas ocupadas, sobretudo neste momento de crise onde estão ocorrendo milhares de demissões, diminuição drástica dos empregos industriais, fechamento de fábricas. Isso porque a resistência da Flaskô é a prova viva de que é possível para os trabalhadores resistirem e sobreviverem sem os patrões. 

Em Maio, em Audiência Pública no Congresso Nacional, a luta da Cipla, Interfibra e Flaskô foi discutida por mais de 3 horas. Os trabalhadores exigiram que quando os trabalhadores ocupam fábricas o governo apóie essa iniciativa para manter os empregos, estatizando-as sob o controle dos trabalhadores. Como faz Chávez na Venezuela. Os trabalhadores estavam dando ao governo uma saída positiva para não esmagar os trabalhadores. Mas essa não é a opção do governo.

O que fazer?

Os trabalhadores da Flaskô decidiram na última assembléia continuar sua luta pelos empregos e para isso não pouparão esforços e medidas para defenderem-se e por isso dirigem-se aos deputados federais que estiveram na Audiência Pública em Brasília, pedindo-lhes que adotem imediatamente as soluções para salvar a Flaskô e suspender todas as ameaças de fechamento. E o que vão fazer o Deputado Vicentinho, o Deputado João Paulo Cunha e Paul Singer, que se comprometeram na audiência, a ajudar a encontrar uma solução?! 

Veja trechos das Intimações

Ao invés de responsabilizar o administrador à época da Dívida que é o antigo patrão, atacam o Coordenador do Conselho de Fábrica, eleito pelos trabalhadores:



Alguns dos absurdos pedidos de penhora:



E nomeiam como fiel depositário o coordenador do Conselho de Fábrica, novamente criminalizado.



Para todos os fatos positivos, como para obter empréstimos junto ao BNDES e outros, o governo sempre afirma que não somos o representante legal, mas para atacar nossa luta vejam como age a Fazenda:



Nós resistiremos! Defenderemos nossos empregos!
Parem os ataques contra a Flaskô!
Para nós, fábrica quebrada é fábrica ocupada! E fábrica ocupada deve ser estatizada sob controle dos trabalhadores!

quinta-feira, 23 de julho de 2009

À burguesia o que é da crise, aos trabalhadores o que é de direito


 A crise financeira mundial trouxe à tona uma tática inaceitável, que a cada dia tem sido apresentada como mais “normal”: a redução de salários. Para amenizar a reação dos trabalhadores, a medida vem acompanhada da redução de carga horária. Em Joinville, a Tupy, a Embraco e, mais recentemente, a Wetzel, já aprovaram a diminuição. Na região, a Rudnick, em São Bento do Sul; a Braspak, em Pirabeiraba; a Weg e a Menegotti, em Jaraguá do Sul, também aceitaram a proposta. Apenas os trabalhadores da Weg, na votação da renovação por mais três meses, foram contrários.


 O trabalho, o tempo empregado nele e sua remuneração são centrais na vida de qualquer ser humano. É do salário que o trabalhador tira a fonte de sustento da sua família. É por isso que a luta por uma remuneração coerente com os custos de uma vida digna é histórica e sagrada.
O princípio da dignidade da pessoa humana, previsto na Constituição Federal, é a fonte primária para a proteção dos salários. A falta da remuneração empregada no custo da subsistência degrada qualquer princípio de humanidade e afronta os mais básicos direitos do ser humano.

Diminuição de carga horária sem redução de salário

 Diminuir a carga horária sempre foi uma bandeira da classe operária, mas a redução de salário é inadmissível. Resultado da mobilização dos trabalhadores, a primeira lei nacional sobre jornada é dos anos 30 e a limitava a 48 horas semanais. No início da década de 80, também a partir da movimentação sindical, várias categorias conquistaram jornadas entre 40 e 44 horas, o que fortaleceu a luta por 44 horas semanais na Constituição Federal de 1988. Desde 1995 tramita no Congresso uma Proposta de Emenda à Constituição que pede o estabelecimento das 40 horas. No dia 30 de julho deste ano, a comissão especial da Câmara dos Deputados que analisou o mérito da PEC 231/95, de autoria dos ex-deputados e hoje senadores Inácio Arruda (PCdoB-CE) e Paulo Paim (PT-RS), deu parecer favorável à proposta. Além de reduzir a jornada de trabalho, a PEC aumenta de 50% para 75 % o valor a ser acrescido na remuneração das horas extras.

 Aprovada na comissão, a PEC terá que ser votada em dois turnos no plenário da Câmara. Para ser aprovada, são necessários no mínimo 308 votos favoráveis. Aprovada na Câmara, a PEC será encaminhada para discussão e votação no Senado Federal.

 De acordo com o Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese), nos últimos 15 anos a produtividade das empresas brasileiras dobrou, o salário não acompanhou esse crescimento e a jornada não diminuiu.

 Reduzir a carga horária para 40 horas semanais, ainda segundo o Dieese, criaria mais de 2 milhões de empregos no Brasil. O impacto financeiro nas empresas seria de apenas 1,99%, o que poderia ser recuperado com os ganhos da produtividade em até seis meses.

Crise a quem causou a crise

 As medidas de redução salarial têm sido apresentadas como a única forma de salvar empregos em meio à crise mundial. Essa é uma grande mentira. Elas têm servido para “poupar” o dinheiro das rescisões. Prova disso é que, mesmo com a aprovação da proposta nas maiores indústrias de Joinville, dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) apontam que o setor foi o responsável pelo pior desempenho de contratações dos últimos 11 anos na cidade, fechando 2.903 vagas no primeiro semestre de 2009.

 Não é possível aceitar que os ônus da crise sejam transferidos à classe trabalhadora. Os bônus do capitalismo sempre foram exclusivos da burguesia, são dos lucros dela que devem sair os prejuízos. Porém, não serão os patrões que proporão isso. É função dos sindicatos e dos partidos comprometidos com a classe trabalhadora conscientizarem e mobilizarem as categorias até o fim pela aprovação da PEC 231/95 e na resistência pelos seus direitos.


À burguesia o que é da crise, aos trabalhadores o que é de direito

quarta-feira, 22 de julho de 2009

Todos os Estudantes Sobre Um Programa de Luta


 Dia 16 de Julho é realizada uma assembléia geral na escola João Martins Veras, escola central de Joinville, onde estavam presentes os grêmios estudantis Martins Veras, Presidente Médici, Tufi Dippe. A assembléia que contou com todos os estudantes da escola, foi se duvida uma grande prova de que o movimento estudantil de Joinville vem de passo em passo se fortalecendo e crescendo, com um programa de luta, não são jovens sem um objetivo, mas sim estudantes cientes do que ocorre ao seu redor e dispostos a organizar os estudantes e a trazer mais e mais estudantes para a luta pelos seus direitos, por uma sociedade sem exploração, sem divisão de classes, o fim do capitalismo que não oferece nehum futuro aos jovens.

 Na discussão com os estudantes várias questões foram levantadas, e a algumas damos suas conclusões novamente aqui para todos os companheiros;

Por que existem bilhões a serem dados os banqueiros e nossa escola(Martins Veras) vive a muito tempo em precárias condições de infraestrutura e funcionamento? Bianca dos Anjos, 2º.
 
 'Hoje vivemos em uma sociedade baseada no capitalismo, onde seu único objetivo é o lucro, em uma escola pública como as que estudamos ele não o obtem, e por este e por outros motivos nós, os verdadeiros interesados no futuro e no presente do país, somos lançados ao acaso, sem suporte digno para crescermos, o estado então toma ações para atacar as consequências dos problemas que ele próprio cria, mas esquece que a solução é arrumar a causa, causa essa que é o não investimento na escola pública, saúde, segurança, políticas públicas que melhorem a vida dos trabalhadores que constituem a maioria da população.'

Gasto cerca de 180 reais com transporte para estudar mensalmente, o passe-livre é mesmo necessário para nós estudantes, mas não é algo impossivel para ficarmos discutindo ele? Ana Fernanda da Silva, 1º.
 
 'O passe-livre é nos garantido por lei sancionada pelo próprio presidente Lula em 2002, em Cuiabá os estudantes tem passe-livre, obtido através de muito esforço, em Maringá também os estudantes tem passe-livre integral, semana passada em Brasília foi aprovada pelos governantes, dando aos estudantes o direito ao passe-livre integral. Nós joinvillenses não somos do mesmo modo estudantes, do mesmo modo cidadãos, do mesmo modo brasileiros? Nos dizem que há passe-livre aqui, é até engraçado, os monopólios do trasporte da cidade é que definiram, a realidade é que a única solução é aplicar o passe-livre integral, para todos os estudantes, porque antes de pobres ou ricos somos todos cidadãos, e a lei vale para todos não é? Então façamos ela valer, assim como os companheiros de Cuiabá o fizeram e o fazem até os dias de hoje.'

 Além destas discussões com os estudantes, foram apresentadas a UJES(União Joinvillense dos Estudantes Secúndaristas), as lutas estudantis em Joinville e no Brasil, a importância de um grêmio organizado em cada escola, o trabalho de todos os grêmios sobre um programa de luta e a importancia de estarem todos os estudantes unidos, pelo fim da exploração, pelo fim da mizéria, pela defesa dos direitos de todos os estudantes, pela defesa das fábricas ocupadas pelos trabalhadores, que são os nossos pais, pela defesa das condições para a libertação da população do capitalismo, e isto será o resultado de um combate constante de todos nós brasileiros.
 Dia 16 de Julho é realizada uma assembléia geral na escola João Martins Veras, escola central de Joinville, onde estavam presentes os grêmios estudantis Martins Veras, Presidente Médici, Tufi Dippe. A assembléia que contou com todos os estudantes da escola foi se duvida uma grande prova de que o movimento estudantil de Joinville vem de passo em passo se fortalecendo e crescendo, com um programa de luta, não são jovens sem um objetivo, mas sim estudantes cientes do que ocorre ao seu redor e dispostos a organizar os estudantes e a trazer mais e mais estudantes para a luta pelos seus direitos, por uma sociedade sem exploração, sem discrepância, sem divisão de classes, o fim do capitalismo que não oferece nehum futuro aos jovens.

 Na discussão com os estudantes várias questões foram levantadas, e a algumas damos suas conclusões novamente aqui para todos os companheiros;

- Por que existem bilhões a serem dados os banqueiros e nossa escola(Martins Veras) vive a muito tempo em precárias condições de infraestrutura e funcionamento? Bianca dos Anjos, 2º.
 Hoje vivemos em uma sociedade baseada no capitalismo, onde seu único objetivo é o lucro, em uma escola pública como a que estudamos ele não o obtem, por este e por outros motivos nós, os verdadeiros interesados no futuro e no presente do pais, somos lançados ao acaso, sem suporte digno para crescermos, o estado então toma ações para atacar as consequências dos problemas, mas esquece que a solução é arrumar a causa, causa essa que é o não investimento na escola pública, saúde, segurança, políticas públicas que melhorem a vida dos trabalhadores que constituem a maioria da população.

- Gasto cerca de 180 reais com transporte para estudar mensalmente, o passe-livre é super necessário para nós estudantes, mas não é algo impossivel para ficarmos discutindo ele? Ana Ferbada da Silva, 1º.
 - O passe-livre é nos garantido por lei sancionada pelo próprio presidente Lula em 2002, em Cuiabá os estudantes tem passe-livre, obtido através de muito esforço, em Maringá também os estudantes tem passe-livre integral, semana passada em Brasília foi aprovada pelos vereadores que da aos estudantes o direito ao passe-livre integral. Nós joinvillenses não somos do mesmo modo estudantes, do mesmo modo cidadãos, do mesmo modo brasileiros? Nos dizem que há passe-livre aqui, é até engraçado, os monopólios do trasporte da cidade é que definiram, a realidade é que a única solução é aplicar o passe-livre integral, para todos os estudantes, porque antes de pobres ou ricos somos todos cidadãos, e a lei vale para todos não é? Então famola valer, assim como os companheiros de Cuiabá o fizeram e o fazem até os dias de hoje.

 Além destas discussões com os estudantes, foram apresentadas a UJES(União Joinvillense dos Estudantes Secúndaristas), as lutas estudantis em Joinville e no Brasil, a importância de um grêmio organizado em cada escola, o trabalho de todos os grêmios sobre um programa de luta e a importancia de estarem todos os estudantes unidos, pelo fim da exploração, pelo fim da mizéria, pela defesa dos direitos de todos os estudantes, pela defesa das fábricas ocupadas pelos trabalhadores, que são os nossos pais, pela defesa das condições para a libertação da população do capitalismo, e isto será o resultado de um combate constante de todos nós brasileiros.

quarta-feira, 15 de julho de 2009

Voltamos a Ditadura?



Cara, o que eu acho engraçado é que para conseguir direitos é tão trabalhoso, você tem que organizar os estudantes, conscientizar e colocar todo mundo na rua sabendo o que esta fazendo. Agora o estado tira os nosso direitos tão descaradamente, ele simplesmente faz uma lei, retira nosso direito de ir e vir, e bota a polícia na rua para reprimir e oprimir os estudantes.

Esses dias eu estava conversando com um dos meus companheiros de militância no grêmio e começamos a conversar sobre a situação da infraestrutura da nossa escola, e chegamos a conclusão que estamos abandonados, nossa escola não recebe nem papel higienico para os estudantes, imagine só quadra coberta; e começamos a pensar em como mudar esta situação.

Mas cara, o que é pior, é que além de não nos concederem os nossos direitos, ainda querem tirar os que temos, enquanto estava em atividade pelo grêmio estudantil fui informado de que os vereadores estão querendo retirar nossos direito de ir e vir, intalando o 'toque de recolher' para os menores de idade, começamos a discutir este assunto e chegamos a conclusão que esta é uma medida para reprimir e oprimir a todos os estudantes, para tapar o sol com a peneira, ou seja, para maquiar o problema da criminalidade, que é resultado do sistema capitalista, que não investe em educação, cultura, para os jovens.

E agora querem implantar uma solução ditatorial, facista, para estancar em parte o problema que o próprio sistema capitalista perpetuou, por isto, sexta-feira 17/07 quando a hipocrísia for apresentada na câmara de vereadores aqui de Joinville, nós estudantes do Médici estaremos lá, para lutar contra o facismo e pelos nosso direitos. E Cara, se você ainda não se convenceu da luta dos estudantes, olhe a sua volta, qual a perspectiva de futuro que o capitalismo lhe oferece?



Cara dia 17/07, Sexta-Feira, os Vereadores Irão Discutir este Projeto que nos tira o direito de ir e vir, então, as 19:00, compareçamos e mostremos nossa opnião a eles, opnião que é contraria a essas medidas ditatoriais, afinal, o que aconteceu em 1989?

"Nosso grito de liberdade soará mais alto do que seus tambores de Guerra"


Johannes Halter, Iago Paqui;
Membros do Grêmio Estudantil, O Sindicato dos Estudantes.

Vitória Estudantil em Joinville



 No dia 14 de julho de 2009, a Escola de Educação Básica Conselheiro Mafra, em Joinville, Santa Catarina, elegeu para o grêmio estudantil a chapa Democracia Direta. Esse resultado é uma grande vitória do movimento estudantil e social, pois este grêmio será um verdadeiro sindicato dos estudantes, de luta e de mobilização. A chapa Democracia Direta propõe criar, juntamente com entidades de outras escolas, um movimento de massas que lute principalmente pelo passe-livre e contra a destruição da escola pública.

 Apresidente da Chapa, Ana Luiza Hemb, 17 anos, declarou que o grêmio será contrário ao pagamento de matrículas e mensalidades, venda de rifas, bingos e qualquer medida que ajude o sistema capitalista a privatizar a educação. “Lutaremos por uma escola pública que seja financiada pelos nossos impostos”, falou. Para ela, os estudantes não podem deixar que o capitalismo lhes tire o direito à escola pública e de qualidade. “Os grêmios de Joinville não aceitarão nenhum ataque à escola pública, não permitiremos que nos tirem nenhum direito”, garantiu.

 O descaso dos governantes para com a educação vem gerando uma enorme revolta entre os estudantes. Assim surge a oportunidade para criar um movimento de massas, que tenha como objetivo politizar e organizar a juventude. Só estudantes conscientes e organizados podem entender a importância de lutar por seus direitos e pelo socialismo. Cabe aos grêmios e às organizações estudantis cumprir esse papel, dar uma orientação revolucionaria e de esquerda a esses estudantes. Do contrário, acabarão sendo coniventes com a vontade da burguesia, que é de tudo “comercializar’’, até o conhecimento.
 Viva aos estudantes do Conselheiro Mafra e sua iniciativa. Vamos juntos, todos os grêmios estudantis a busca dos direitos dos estudantes, seja pelo passe-livre, seja pela defesa da escola pública de qualidade,  seja pelo socialismo, vamos estar juntos para obter as vitórias que tanto desejam todos os estudantes de Joinville e do Brasil.

 Nota do Grêmio Estudantil Presidente Médici ao Grêmio Estudantil Conselheiro Mafra e aos estudantes de toda a Joinville.

segunda-feira, 13 de julho de 2009

Férias e uma Recapitulação


   Durante cerca de 5 meses de aula regular, ou seja, quatro horas por dia, em circunstancias muito avesas as necessidades de todos nós estudantes, tivemos aulas em ambientes sem infraestrutura, com nossos professores se esforçando para nos dar o melhor ensino apesar do descaso do estado para com eles, com quadra, auditório e banheiros interditados, problemas de aprendizado muito grande; mas aparentemente para nós estudantes as coisas não tendem a mudar muito, durante todo o tempo não observamos nenhum sinal de que o estado gestor da escola se manifestou em prol dos estudantes, não de maneira efetiva como deveria ser, proporcionando as necessidades de todos nós estuantes, que é infraestrutura, incentivo constante a cultura, educação.

 O que observamos é a precarização e destruição da escola pública, o que vemos é o descaso das autoridades públicas com o nosso futuro, com os nossos direitos, destruição essa que a muito tempo já vem sendo arquitetada pelo sistema capitalista, que não vê na escola pública o seu principal objetivo, o lucro.

 Vemos então que nossa luta nestas férias é lutar por uma escola pública de qualidade, para que durante os outros 4 meses de aula que vamos ter passam ser de fato meses que nos preparem para a vida, e que nós e nossos filhos tenham sim seus direitos garantidos.

 Boas Férias a Todos!

Johannes Halter
Membro do Grêmio Estudantil, o Sindicato dos Estudantes

domingo, 12 de julho de 2009

Movimento estudantil


Debate sobre o Transporte coletivo

Grêmio estudantil da escola presidente Médici, faz reunião para avaliar a luta do transporte coletivo 

No dia 10 de julho, às 18h, o grêmio estudantil escola Presidente Médici, organizou um debate sobre o transporte coletivo, com os estudantes e a comunidade. O debate, contou também com a presença de membros da associação de moradores do Boa Vista e com o Vereador Adilson Mariano do PT. 

A discussão teve início com um informe de Mariano sobre a sua proposta de sustação do aumento da tarifa e sobre os seus dois projetos que questionam a atuação ilegal das empresas de transporte coletivo. 

 No informe, Mariano diz que o problema central do transporte “está na sua lógica, que é a lógica do lucro, não da qualidade do transporte para o povo”. Para ele o prefeito Carlito Mers do PT, não deveria ter dado o aumento da tarifa, “o PT sempre combateu isso, não poderia ter dado esse aumento”, diz mariano. Ele ainda explicou que a luta não avançou devido à falta de organização dos movimentos sociais, “precisamos dos grêmios, das associações de moradores, dos sindicatos organizados, somente com organização podemos avançar na luta.” 
 
Após o informe, ouve uma discussão e avaliação por parte dos estudantes sobre os atos e a luta do transporte. Iago Paqui, membro do grêmio estudantil da escola Dr. Tufi Dippe, colocou que: “Nós precisamos organizar mais grêmio em outras escolas e também nos unir com os trabalhadores”. Para ele, “é somente essa a forma de pormos um fim não só a exploração do transporte, mas do capitalismo.”

 A reunião tirou como encaminhamento um novo debate, em agosto onde o grêmio junto com a associação de moradores, irá mobilizar toda a comunidade para participar. 


João Diego

sábado, 11 de julho de 2009

Debate Sobre o que é um Grêmio Estudantil

Quarta-feira, dia 15 as 17:45hrs, na escola presidente Médici, haverá um debate sobre o que é um grêmio estudantil, como funioca, como se organiza, como participar e mais.

quinta-feira, 9 de julho de 2009

Debate sobre Transporte Público

 Debate sobre o transporte público, ocorrerá esta sexta-feira 10/07/2009
as 18:00 horas, na Escola Estadual Presidente Médici.

 Será debatido a empresa pública de transporte, os projetos, as situações, o que esta acontecendo na cidade.
 O Passe-Livre, bandeira histórica do movimento estudantil não só em Joinville mas também no Brasil.

 É uma grande oportunidade para todos nós estudantes termos um maior conhecimento destes assuntos que tanto tem a ver com todos nós.

 O grêmio estudantil organiza este debate, convidando a todos os estudantes e trabalhadores, não só da escola mas todos os estudantes de Joinville, todos os trabalhadores, os pais, os irmãos, os cidadãos de Joinville, que dia menos dia tem que usar o transporte público para se locomover pela cidade.

 Vamos nos organizar e comparecer a esta atividade que somada a tantas outras organizadas pelo grêmio estudantil, como sessões de conscientização, discussão com os estudantes, manifestações pelos direitos, luta pela escola pública, faz com que todos nós estudantes tenhamos sim como defender nossos direitos e juntos construirmos e exercermos nossa cidadania, aprendendo na prática lições que levaremos para a vida inteira.


Johannes Halter
Membro do Grêmio Estudantil, o Sindicato dos Estudantes

quarta-feira, 8 de julho de 2009

TIREM AS MÃOS DA AMAZÔNIA!

Não à Privatização!

A Natureza corre perigo!
  

  Ironicamente no dia da arvore o governo anuncia a “Lei de Gestão de Florestas Públicas”, que na prática é a privatização da Amazônia. Sancionado pelo presidente Lula, após ter sido aprovado pelo corrupto Congresso Nacional, a lei entrega aos capitalistas 13 milhões de hectares para eles explorarem por até 40 anos.

  A lei sancionada por Lula é tão absurda que em troca o governo recebe um repasse de um percentual da exploração, que deve ser usado para o reflorestamento da própria mata que o empresário destruiu. Ou seja, o governo entrega a floresta, e ele mesmo arca com as despesas para os capitalistas embolsarem o lucro.

  Os ambientalistas de plantão, que supostamente defendem a natureza, de imediato se lançaram na defesa da privatização. As ONG’s WWF e GRENPEACE se pronunciaram com os mesmos discursos dos governistas, dizendo que a lei aprovada vai permitir uma maior fiscalização das matas. Mas a única coisa que a burguesia fiscaliza, é o seu próprio lucro, como acreditar nisso? É uma demonstração do papel desempenhado por essas ONG’s, que não passam de instrumentos capitalistas para desvirtuarem as lutas e garantir a exploração daquilo que eles dizem defender.

  O tradicional rio madeira também foi concedido à exploração privada, junto com suas estações hidrelétricas. Este rio além de ser um dos mais importantes da bacia amazônica, é o caminho dos peixes para a piracema, fenômeno que garante a reprodução desses animais, que sobem o rio até o Peru para desovarem. Com o rio jogado à ganância do lucro, o que sobrará dessa riqueza natural?

Há tempos multinacionais de todo o mundo estão de olhos em nossas matas, o interesse é exploração de ervas medicinais, pedras preciosas, madeiras nobres e outras riquezas só encontradas em nossas matas. Com a concessão de parte da floresta amazônica, os animais, as plantas, as águas, tudo estará nas mãos dos empresários capitalistas, das parasitas que depredam tudo em busca de dinheiro, e deixam rastros de morte e destruição.

  O inicio da privatização da Amazônia é mais um fruto do governo de coalizão de Lula com os partidos da burguesia. Só existem dois lados: os que defendem a Amazônia e são contra a privatização, e os que querem destruir as matas para embolsar milhões de dólares. Lula tem que estar ao lado do povo, a começar por romper essa coalizão e pôr fim à privatização, ou estaremos ameaçados de perder para sempre as riquezas naturais da floresta amazônica. Aos capitalistas dizemos Tirem as mãos da Amazônia, e a Lula exigimos o fim da privatização!

Juventude Revolução - JR
www.revolucao.org

tirem as maos amazonia.jpg

sexta-feira, 3 de julho de 2009

Lutar pelo Passe-Livre e pelo Socialismo

'A luta pelo Passe-Livre é a luta dos estudantes pelo acesso à educação´

 No capitalismo o filho do rico estuda na melhor escola e têm à sua disposição motoristas que o leva e busca. O filho do trabalhador é obrigado gastar parte do salário de seus pais para conseguir chegar à escola, dividi o seu tempo entre trabalho e escola para assim conseguir pagar o transporte, ou percorre kilômetros a pè até o local de estudo, uma batalha diaria para conseguir estudar.

A luta é por educação pública, gratuíta, de qualidade e para todos! mas a burguesia é incapaz de realizar essa tarefa, por isso somos nós, os jovens e os trabalhadores, com os estado controlado a serviço do povo, os únicos capazes de realizar medidas que satisfaçam nossas necessidades.

Essa é a luta pelo Socialismo, que começa no combate do dia-dia por cada direito e reivindicação, como o direito de não pagar para se ter educação, não pagar para ir a escola, o Passe-Livre Estudantil.

Esse é o sentido da campanha Passe-Livre que os camaradas da JR estão levando para a rua. Uma campanha em defesa da educação e do Socialismo.

Em Cuiabá, DF, Maringa, são exemplos de cidade onde já existe passe-livre efetivo para todos os estudantes, agora é a nossa vez de expandirmos nossa organização e juntos, todos os estudantes obtermos este direito, o qual vemos que sim, é possivel, o qual percebemos no dia a dia na escola que é necessário.

 Por isto neste dia 10/07 na Escola E.B. Presidente Médici, Boa Vista, Joinville, as 18:00 estará sendo realizado um debate sobre transporte público, e entre os temas a serem debatidos está o passe-livre, é uma exelente oportunidade para todos nós estudantes, para conhecermos este direito e ficarmos conscientes do que acontece, todos nós, trabalhadores e estudantes, é gratuito e livre.


Passe-Livre Jà!


Convite Aberto.


Johannes Halter

Membro da Diretoria do Grêmio Estudantil Presidente Médici, o Sindicato dos Estudantes.

quarta-feira, 1 de julho de 2009

Câmara Legislativa DF aprova passe-livre para estudantes



Noelle Oliveira
Publicação: 23/06/2009 20:38 

 Os estudantes do DF estão mais próximos de terem o passe estudantil integralmente custeado pelo governo local. Foi aprovado nesta terça-feira (23/6) na Câmara Legislativa o projeto de lei 1.245/09, de autoria do Executivo, que garante o direito ao benefício. A iniciativa recebeu voto favorável dos 21 deputados distritais presentes na Casa e, agora, segue para a sanção do governador José Roberto Arruda para entrar em vigência.O projeto foi aprovado com a inclusão de 12 emendas que possibilitaram um maior alcance para o benefício como, por exemplo, a extensão do direito ao passe para alunos de todos os níveis -- estágios, pós-graduação e pré-vestibulares -- além da inclusão dos sistemas de metrô e micro-ônibus. Outra novidade são 16 passes extras que serão concedidos para serem usados livremente pelos estudantes, mesmo em dias não-úteis. O benefício também possibilitará a seus usuários o direito de ter acesso à meia-entrada em salas de espetáculos.


 Como foi ampliado, o passe livre contará com uma fiscalização de uso mais efetiva. O aproveitamento indeterminado do benefício poderá levar o beneficiário a perder o direito, bem como a responder a um processo administrativo.De acordo com o projeto, o passe gratuito valerá para todos os alunos de escolas públicas e privadas, que moram ou trabalham a mais de 1km da unidade de ensino onde estão matriculados. Entidades estudantis reivindicam as passagens de graça há cerca de 10 anos.Direito à educaçãoOs estudantes receberam a notícia com empolgação e lotaram as galerias da CLDF para aplaudir a aprovação do projeto. Segundo dados apresentados pelo vice-governador Paulo Octávio, na ocasião da apresentação do projeto à CLDF, em maio deste ano, cerca de 1,3 milhão de estudantes usufruem atualmente do passe estudantil.Estima-se que o investimento para garantir o benefício será de R$ 3 milhões mensais. Na apresentação do projeto à Câmara, o vice-governador afirmou que a proposta seria um incentivo à educação. "Não queremos ninguém faltando aula por falta de vale-transporte. Nenhum aluno vai ter mais motivo para não ir às aulas", disse.

60.000 estudantes secundaristas tomam as ruas da Áustria. Despertar da primavera


A SEGUIR REPRODUZIMOS UM ARTIGO DO JORNAL MARXISTA EL MILITANTE SOBRE A SITUAÇÃO DAS MOBILIZAÇÕES JUVENIS NA ÁUSTRIA

Em dezembro e janeiro apareceram uma série de artigos no jornal alemão Die Zeit [N.T. O Tempo] intitulado: “A juventude em estado de agitação”.

Podia-se ler que os estudantes na Itália haviam se manifestado nas ruas junto aos trabalhadores, na França os estudantes haviam protestado contra a reforma educacional e a juventude na Grécia havia participado numa rebelião massiva que sacudiu o país. 

milhares nas ruas

OS ESTUDANTES SE DEFENDEM

Na sexta passada, mais de 60 mil estudantes secundaristas se manifestaram por toda a Áustria, contra a supressão dos cinco dias de férias e para exigir um aumento do gasto no sistema educativo público. É o maior movimento estudantil de secundaristas na história da Áustria.

No ar há um sabor de revolução. Cerca de 25 mil estudantes tomaram o centro da cidade de Viena. Foi mais que uma simples manifestação, como uma grande festa com uma mescla de ódio e raiva contra o governo. Desde Stephansplatz ao parlamento se manifestou uma impressionante massa de estudantes e desde o parlamento até a sede do Ministério de Educação. Parecia que ninguém queria parar, realmente nenhuma organização levava a direção. 


A Áustria nunca viu um movimento tão espontâneo e com tanta iniciativa. Muitos estudantes levavam suas próprias bandeiras e panfletos, inclusive alguns haviam feito panfletos à mão. A chamada de greve se estendeu rapidamente através de mensagens de texto por telefone móvel, correios eletrônicos e o boca-a-boca. Mas não só em Viena os institutos ficaram vazios sexta. Em Linz, 15 mil saíram às ruas, em Salzburgo foram 8 mil, em Dornbirn (Vorarlberg) 3.500, inclusive em cidades muito pequenas os estudantes organizaram manifestações. No total, pelo menos 60 mil participaram em diferentes manifestações por todo o país.

Este estalo de raiva foi precedido por várias greves estudantis nas semanas anteriores. O movimento se iniciou em Vorarlberd onde as Juventudes Socialistas, dirigidas pelos marxistas, convocaram uma greve estudantil no dia 18 de março, em solidariedade com a luta dos professores contra a prolongação de sua jornada de trabalho. A palavra-de-ordem dessa greve foi: “Não pagaremos sua crise” e tinha uma orientação anticapitalista clara. O êxito dessa greve com mais de 1500 estudantes nas ruas de Dornbirn foi uma inspiração para os estudantes de outras zonas do país. Foi seguida pelo 2 de abril, com manifestações nas quais participaram mais de mil estudantes tanto em Viena como em Linz, protestavam contra a política educativa do governo. “Dinheiro para as escolas, não para os bancos” foi uma das principais reivindicações dos estudantes. Novamente a corrente marxista Der Funke jogou um papel crucial na organização destas greves, por exemplo, em Liz, onde somente nós convocamos esta greve.

Estas greves retiraram o potencial para um movimento maior. Até agora as grandes organizações estudantis e a direção nacional das Juventudes Socialistas permaneceram passivas. Especialmente as organizações juvenis socialdemocratas não estavam dispostas a organizar um movimento contra a “vermelha” ministra da educação. Entretanto, o fato de que um número cada vez maior de ativistas das Juventudes Socialistas estejam participando no movimento, finalmente lhes obrigará a fazer algo quando se retomarem as escolas depois das férias de Páscoa. Um dia antes do debate sobre o orçamento federal de 2009-2010, no parlamento, foi organizado uma greve estudantil nacional, para exigir um aumento do gasto no sistema educativo, e uma reforma real do sistema escolar, pautado nos interesses dos estudantes.

Os novos planos orçamentários do governo pretendem reduzir massivamente o gasto na educação, ainda que a grande coalização tenha chegado ao cargo com a promessa de iniciar uma “ofensiva em educação”. A ministra de educação Claudia Schmied exigiu recentemente que os professores trabalhassem duas horas a mais semanalmente, sem aumento salarial. Os professores deviam dar duas horas mais de seu trabalho para ajudar o governo a manter o gasto dentro do orçamento. Mas por quê os professores devem pagar a crise? Esta medida significaria a destruição de milhares de empregos, especialmente de jovens professores que já estão preocupados porque cada vez são mais os que engrossam as listas das paralisações.

Ameaçado por um dia nacional de ação dos professores, ao fim o governo renunciou a seus planos de aumentar a jornada de trabalho dos professores. Foi uma vitória importante para o sindicato dos professores e foi um exemplo que demonstrava como é possível defender os interesses da classe trabalhadora através da ação combativa.

O sindicato dos professores está dominado tradicionalmente pelos cristão-democratas, sua direção está muito vinculada ao conservador Partido Popular. Não é uma surpresa que ao fim, a direção do sindicato aceitasse o argumento do governo de que os professores devem pagar pela crise. Fora o cancelamento do pagamento extra por trabalho administrativo, etc., o sindicato dos professores saiu com a proposta de eliminar os “cinco dias escolares autônomos”, as férias que cada escola pode dizer quando quisesse. Com esta medida, o sindicato dos professores fazia uma espécie de concessão simbólica à chamada “opinião pública” de que os professores deveriam trabalhar mais. O governo aceitou esta proposta, pensando que havia alcançado um acordo com o sindicato, que evitaria um grande movimento grevista.

A ministra estava otimista e pensava que podia seguir adiante com seus planos. Entretanto, levou uma grande surpresa. Longe de evitar o movimento, este acordo foi a gota que encheu o vidro de uma situação que tinha um caráter explosivo entre os estudantes.

Superficialmente, este imenso estalo de raiva está vinculado à defesa das férias. Entretanto, as manifestações do dia 24 de abril eram muito mais que isto. É o protesto de uma geração de jovens que podem ver que não tem uma perspectiva real na vida, que ninguém está interessado em suas opiniões, uma geração farta de não ter verdadeiros direitos democráticos. 


Nos dias anteriores à greve, os meios de comunicação burgueses tentaram ameaçar os estudantes com a ideia de que conseguiriam más notas e sofreriam “consequências” terríveis, os diretores ameaçaram os estudantes com a polícia. Mas isto não teve um efeito sobre os estudantes e não pôde parar o incremento do movimento, pelo contrário!

Já as primeiras greves haviam revelado que estava se produzindo entre os estudantes uma radicalização nova. Nas manifestações, as palavras-de-ordem anticapitalistas e revolucionárias eram muito populares. Nunca havia se visto tantos estudantes participando deste tipo de greves e estavam preparados para participar ativamente na política. Em Vorarlberg dezenas de estudantes já entraram nas Juventudes Socialistas e formaram novas agrupações. Em Viena e Linez dezenas de jovens firmaram nas folhas de contato do Der Funke e querem praticipar.

Os marxistas do Der Funke colocaram a ideia de que o movimento agora deve continuar. O governo, por agora, não está preparado para dar novas concessões e espera que as greves de massas sejam só um êxito efêmero. Agora o movimento tem que demonstrar sua determinação. É possível a vitória com a condição de que possa aumentar a pressão sobre o governo. Isto só será possível se o movimento desenvolver formas apropriadas de organização. As primeiras greves foram relativamente espontâneas. Em pouco tempo foram possíveis estas mobilizações de massas. Em cada escola devem se eleger comitês de ação e preparar a próxima greve. Além disso, estes comitês deveriam coordenar-se em nível regional e nacional. Nós marxistas daremos exemplo organizando estes comitês e congressos regionais de estudantes em Vorarlberg, Linz e Viena. A tarefa e o dever das Juventudes Socialistas é fazer o mesmo em todas as regiões e nacionalmente. 


A questão da defesa de nossas férias deve ir junta à reivindicação de um aumento do gasto em educação e a reforma do sistema educativo (turmas menores, não à seleção social, etc.). Nossa palavra-de-ordem principal tem que ser que não pagaremos a crise capitalista de nenhuma maneira, e devem pagar-la os empresários. Mas estas reivindicações só podem se conseguir vinculando o movimento estudantil, a classe trabalhadora e as lutas entre sindicatos e empresários, para defender os salários e as condições de vida da classe operária.

Nossa perspectiva deve ser um dia nacional de luta em todos os setores afetados pela crise. Nas próximas semanas poderemos ver greves importantes nas editoras e dos trabalhadores do setor químico contra os cortes salariais. Dentro dos sindicatos e do SPÖ estalou um debate aberto sobre a introdução de um imposto adequado. Há um fermento importante dentro das filas do movimento operário. O movimento estudantil pode jogar um papel importante em empurrar adiante a classe operária. A corrente marxista jogará um papel ativo lutando por esta perspectiva entre os estudantes.


Quinta-feira, 7 de maio de 2009

Tradução: Lucas Morais