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terça-feira, 31 de março de 2009

Há dias que esta crise econômica vem atormentando a classe operaria


SE A NATUREZA NÃO EXCLUI, NEM É EXCLUSIVIDADE DE NINGUÉM, O QUE VOCÊ ESPERA, PRA FAZER VALER ESTE PRINCÍPIO?

A natureza se faz presente independente do desejo de uma ou outra pessoa, do empecilho de quem quer que seja. O homem é parte da natureza, a natureza do homem desde os primeiros dias começa com o grito pelo primeiro leite, o aconchego da mãe, o apoio do pai, com as primeiras noções de independência, vai se desfazendo do pai e da mãe e vai emitindo opiniões próprias sobre as cores, sobre o mar, a lua, os rios, a chuva, o sol, à noite e a interferência desses fenômenos sobre si, sobre todos, quer alguém os deseje ou não. Não há empecilho que altere os objetivos da natureza. Da adolescência, as primeiras noções da cobrança diária, da higiene, do Pão, do lar, das distinções das virtudes e dos vícios, de uma roupa, um par de calçados, uma namorada. Quando adulto, percebe que a natureza, contemplaria a todos, se não fosse a ambição de uns em prejuízo de outros, que embora algumas pessoas se conformem com menos que o básico, outras resistem em busca do bem comum. Segundo Marx, quando Deus, decretou que o homem teria que ganhar o pão do próprio suor, não podendo fazer cumprir o seu decreto, por se tratar de um decreto mitológico, muitos, tem ganho, não só o pão mas muito mais que o pão com o suor do rosto alheio. Essa situação tem sido alterada ao longo da história pelo homem que de posse da consciência social passa a agir para alterá-la. Portanto não importa o nome dado a exploração do homem pelo homem: Escravagismo, feudalismo, capitalismo, liberalismo, neo-libarelismo, ou globalização. O homem sempre transformou a Consciência social e política em guia de ação. Não é agora, depois de tantos exemplos dados pela história, que esses senhores do capital ficarão sem respostas. Vamos à nota: Primeira parte: gastos de guerra Há dias que esta crise econômica vem atormentando a classe operaria, e ela não parece disposta a deixar de rondar os lares dos trabalhadores tão cedo. Ouso, através destas linhas, algumas considerações! Em fins de 1995, numa reunião a portas fechadas representantes da elite mundial debateram as perceptivas do mundo para o século 21. A avaliação foi devastadora: bastará 20% da força de trabalho para fazer girar a roda da economia. Os restantes 80% deverão contentar-se com pouco mais do que pão e circo. Este polêmico best-seller, já traduzido em 20 idiomas discute a globalização do ponto de vista dos perdedores. Título: A Armadilha da Globalização que tem como subtítulo: ?O assalto à democracia e ao bem-estar social? Autores: Hans-Peter & Harald Schumann, Editora: Globo Seria interessante que alguns companheiros lessem esse best-seller antes de começar questionar sobre o destino dos 80%. Terá algum? Embora algumas pessoas mais idosas (esclarecidas) lembram a triste conseqüência da crise de 1929 em relação à segunda Guerra Mundial. Se não nos envolvermos ou tomarmos partido com mais responsabilidade, nem Deus saberá prever o que vem por aí! Não é de hoje que se lê, se houve, e ninguém duvida que a origem da miséria é o excesso de corrupção no seio do poder público ou o acúmulo de capital da iniciativa privada, o caminho que ambos trilham não é nada mais nada menos que a usura inspirada na ditadura de mercado. A política de rapinagem do básico dos trabalhadores se dá das mais diversas formas: antigamente invadiam países saqueavam estupravam as mulheres escravizavam os homens, alem de saquearem tudo que encontravam pela frente. Depois se valiam da religião na idade média, junto com o terror (tortura) para manter a nova maneira de exploração do homem pelo homem. Até que a revolução francesa de 1789 pôs abaixo esse modelo e o substituiu pelo modo capitalista de exploração. Friedrich Engels no final do século XIX, diante da colonização da África e da Ásia pelos europeus: ?A colonização é hoje uma efetiva filial da bolsa, no interesse da quais as potências partilham a África, entregue diretamente como botim às suas companhias?. A África se tornou palco principal da nova expansão. Em 1884, os dirigentes das grandes potências se reuniram na Conferência de Berlin para definir as regras da partilha do continente negro. Segundo Charles Faure, a corrida pelas colônias seria vencida por ?aqueles que primeiro chegasse e hasteasse a bandeira de seu país em qualquer lugar da costa da África que ainda não estivesse sob dominação de uma nação européia?. De 1789 a 1917 depois de diversas tentativas tais como: a revolução de 1830; as revoluções na Europa de 1848; a famosa Comuna de Paris de 1870, onde os operários passaram 72 no poder; a primeira tentativa dos operários russos de 1905; a revolução mexicana de 1910 e enfim a revolução Bolchevique de 1917. Essa última desafiou toda a burguesia mundial, a interna que foi derrotada radicalmente e a externa que em forma de alianças faziam incursões militares sempre no sentido de derrotar o primeiro Estado Operário do mundo. Com o fim da Segunda Guerra Mundial, países como a União Soviética, Grã-Bretanha e os Estados Unidos saíram vitoriosas; os russos e os ingleses politicamente e os americanos economicamente. O sionismo Em meados do século XIX, a maior parte dos judeus se encontrava nos países da Europa Oriental, como a Polônia, a Lituânia, a Hungria e a Rússia. Nessa época a antigo Israel era uma província do Império Turco, denominada Palestina. Ao mesmo tempo, uma onda de nacionalismo atingia a Europa com a unificação da Itália e da Alemanha. Desenvolveu-se, então, também entre os judeus um movimento nacionalista que se orientava pela idéia de recriar uma nação judaica no território de sua terra ancestral. O movimento recebeu o nome de sionismo, que se origina de Sion, a antiga designação de uma colina de Jerusalém que passou a denominar esta mesma cidade bem como a próprio Israel. Na Basiléia, Suíça, 1897, teve lugar o 1º Congresso Sionista, presidido por Theodor Herzt, o fundador do movimento. Seu objetivo era obter um documento reconhecido internacionalmente que legitimasse o estabelecimento dos judeus na Palestina. As comunidades judaicas da Europa Ocidental ? ricas e bem integradas às nações onde estavam ? contribuíram para levar o projeto adiante.

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Matéria Completa: http://prod.midiaindependente.org/pt/blue//2009/03/443134.shtml

segunda-feira, 30 de março de 2009

O aumento

Diferentemente do publicado em parte da imprensa, inclusive neste espaço, as empresas de transporte coletivo de Joinville não querem 12,2% de aumento. Na verdade, o pedido de aumento é de 17,07%.Caso o reajuste seja concedido, a passagem vai de R$ 2,05 para R$ 2,40. O pedido de 12,2% havia sido feito pelas empresas a Marco Tebaldi.Com Carlito, como o tempo passou, a proporção do reajuste aumentou. A Prefeitura de Joinville ainda está analisando o pedido.

Sared Buéri
Estagiário Núcleo de Jornalismo

sexta-feira, 27 de março de 2009

Folga e sucesso

E a finitude, sabe-se, é aquela luzinha vermelha que fica acesa o tempo todo, desde que nascemos até ao último suspiro, fazendo-nos lembrar que tudo termina. Um horror. Suportar o trajeto cheio de solavancos do berço à sepultura exige muito amor - e amor sempre foi sinônimo de anestésico.Quem gosta do que faz trabalha o tempo todo. E pode haver melhor anestésico que esse? Vim até aqui por uma singela razão, acabei de "ouvir" um sujeito que enquanto esteve "por aqui" fez-se respeitar. O cara era o tal. Frank Sinatra, o nome dele. Já disse que gosto de biografias, de biografias, claro, que valham a pena.Ontem, pus-me a reler os trechos da biografia de Frank Sinatra que eu, previamente, havia sublinhado. A folhas tantas do livro, Frank Sinatra, um sujeito que soube viver, ainda que no amor tenha sofrido muito, era costumeiramente criticado pelos amigos que cobravam dele mais repouso, mais lazer, mais folgas, mais relaxamento na vida. E Frank, que já era cobra criada quando ouvia esses conselhos, podia, sim, entregar-se a uma vida mais frouxa. Mas ele se irritava com os conselhos. Cercado por amigões como Sammy Davis Jr., Dean Martin e outros iguais, Frank costumava-lhes dar a mesma resposta quando lhe diziam que ele podia pegar mais leve na vida profissional.Frank falava assim: "ninguém que faz sucesso pode se sentar e ficar só desfrutando. É preciso investir o tempo todo, até mais do que quando se é um joão-ninguém. A curtição é apenas um subproduto do sucesso - você se diverte, tudo bem, mas a única diversão de verdade no sucesso é dar duro naquilo que lhe traz o sucesso..." Não é uma preciosidade, leitora? E quantos fazem isso? Bem poucos, raros. De outra parte, quantos "doutorzinhos" vivem na maciota de um nomezinho mais ou menos conhecido ali na esquina? Pelé nunca se deu por convencido enquanto jogava, Pelé treinava, dava duro, queria mais, só parou quando as pernas se lhe entrevaram para correr 90 minutos. Agora uma coisa é certa: só se aplicam intensamente no que fazem os que gostam do que fazem. Impossível motivar alguém que do trabalho só tira o dinheiro. Nesse caso, seja qual for o dinheiro, será dinheirinho. Os guris e gurias que pensem nisso, enquanto têm tempo.-->
Deve ser muito amarga a vida de quem não ama o seu trabalho. Deve ser duríssima essa vida. Já disse aqui, miríade de vezes, que quem tira do trabalho apenas o ganho financeiro, ganhe o que ganhar, será sempre mal pago. Amar o trabalho é a mais formidável anestesia para a consciência da finitude. E a finitude, sabe-se, é aquela luzinha vermelha que fica acesa o tempo todo, desde que nascemos até ao último suspiro, fazendo-nos lembrar que tudo termina. Um horror. Suportar o trajeto cheio de solavancos do berço à sepultura exige muito amor - e amor sempre foi sinônimo de anestésico.Quem gosta do que faz trabalha o tempo todo. E pode haver melhor anestésico que esse? Vim até aqui por uma singela razão, acabei de "ouvir" um sujeito que enquanto esteve "por aqui" fez-se respeitar. O cara era o tal. Frank Sinatra, o nome dele. Já disse que gosto de biografias, de biografias, claro, que valham a pena.Ontem, pus-me a reler os trechos da biografia de Frank Sinatra que eu, previamente, havia sublinhado. A folhas tantas do livro, Frank Sinatra, um sujeito que soube viver, ainda que no amor tenha sofrido muito, era costumeiramente criticado pelos amigos que cobravam dele mais repouso, mais lazer, mais folgas, mais relaxamento na vida. E Frank, que já era cobra criada quando ouvia esses conselhos, podia, sim, entregar-se a uma vida mais frouxa. Mas ele se irritava com os conselhos. Cercado por amigões como Sammy Davis Jr., Dean Martin e outros iguais, Frank costumava-lhes dar a mesma resposta quando lhe diziam que ele podia pegar mais leve na vida profissional.Frank falava assim: "ninguém que faz sucesso pode se sentar e ficar só desfrutando. É preciso investir o tempo todo, até mais do que quando se é um joão-ninguém. A curtição é apenas um subproduto do sucesso - você se diverte, tudo bem, mas a única diversão de verdade no sucesso é dar duro naquilo que lhe traz o sucesso..." Não é uma preciosidade, leitora? E quantos fazem isso? Bem poucos, raros. De outra parte, quantos "doutorzinhos" vivem na maciota de um nomezinho mais ou menos conhecido ali na esquina? Pelé nunca se deu por convencido enquanto jogava, Pelé treinava, dava duro, queria mais, só parou quando as pernas se lhe entrevaram para correr 90 minutos. Agora uma coisa é certa: só se aplicam intensamente no que fazem os que gostam do que fazem. Impossível motivar alguém que do trabalho só tira o dinheiro. Nesse caso, seja qual for o dinheiro, será dinheirinho. Os guris e gurias que pensem nisso, enquanto têm tempo.

Luiz Carlos Prates

quinta-feira, 26 de março de 2009

Cadê?


Apontadas como um dos grandes mistérios de Joinville, armário cheio de esqueletos, caixas-pretas impenetráveis, as planilhas das empresas de ônibus estão na internet há mais de mês e não surgiu contestação mais grave. Dentro da Seinfra, existem questionamentos a um que outro item, mas ninguém pode dizer que as planilhas estavam equivocadas, que tinha picaretagem ali dentro. Claro que as empresas colaboraram com o falatório, pois podiam acabar com o mistério colocando as planilhas na internet antes.


Indecisão

Claro que os documentos não são para leigos, mas como tinha tanta gente que apontava a abertura das planilhas como fundamentais para desvendar os mistérios do transporte coletivo de Joinville, era para aparecer alguém com questionamentos sérios em cima das planilhas. Não apareceu. Tanto é que um dos adversários do aumento, o deputado Kennedy Nunes, diz agora que pouco importa o que digam as planilhas: se os documentos apontam a necessidade de aumento, que a Prefeitura mantenha as tarifas atuais por meio de subsídio.O prefeito Carlito Merss ainda não disse o que vai fazer com o pedido de aumento de 12,2% feito pelas empresas.

Fonte:
http://www.clicrbs.com.br/anoticia/jsp/default2.jsp?uf=2&local=18&source=a2451130.xml&template=4191.dwt&edition=11968&section=941

quarta-feira, 25 de março de 2009

Ata da Reunião dia 19 de março de 2009


Reunião Realizada dia dezenove de março de dois mil e nove, a quinta reunião do ano de dois mil e nove, com o primeiro item da pauta apresentado por Iago.

- Iago expôs a atividade de cinema de conscientização na escola, com o filme "Cipla", em que a defesa dos trabalhadores é uma atitude que deve ser tomada e discutida pelos estudantes.
- João expôs que talvez o grêmio devesse focar nos estudantes, nos seus direitos, no seu dia a dia, e não com os trabalhadores, que não tem a ver com os estudantes.
- Johannes expôs em explicação que no momento em que os trabalhadores são afetados, nós os estudantes, seus filhos, somos diretamente atingidos, porque é de nossos pais que retiramos o nosso exemplo, a nossa energia, o nosso aprendizado familiar, o nosso material didático, roupa, comida, e a partir do momento em que eles são prejudicados, nós somos também, não mais podendo se locomover pela cidade, não podendo usufruir de cultura, que em nossa cidade não sai barato, não tendo mais condições de comprar material de estudo, ou seja, somos diretamente atingidos pelos problemas dos trabalhadores, e é por isso que é importante nos conscientizarmos sobre isto.

O segundo ponto de pauta foi a formação de uma comissão para buscar informações sobre assuntos relacionados a carteira com a UJES, e a bandeira.

Terceiro ponto foi a apresentação do projeto de futsal de Leonardo, onde ele formulou a inscrição com o nome do grêmio estudantil Presidente Médici.

O quarto ponto da pauta a exposição do teatro, onde foi retirada os nomes das pessoas que querem participar, e discutido o modo de organização, projeto de Leonardo.

O quinto foi a apresentação do projeto de esporte entre as escolas, apresentado por Iago.

O Sexto foi a discussão de formação de uma comissão para produzir um vídeo, mostrando a situação do laboratório de química da escola.

Deliberações:

- A Comissão das Carteiras, será responsável por, primeiro, discutir a situação das carteiras com a UJES, segundo, fazer orçamento para carteiras e para a bandeira.

- Comissão de Vídeo será responsável por, primeiro, formar e organizar a produção, segundo, publicar e conscientizar os alunos.

- O grêmio estudantil apóia a luta dos trabalhadores, ou seja, os pais dos alunos, na sua luta por uma vida melhor, tanto para si, como para seus filhos, ou seja, os alunos.

- O apoio a Frente de Luta Pelo Transporte Público, e a presença nas reuniões.

A reunião contou com a presença de 20 pessoas, com a colaboração de um membro da comunidade escolar da escola Tupy, e um do FCJ.

Ata: Johannes Halter.
Secretária: Daniela Prim.
Diretoria do Grêmio.

terça-feira, 24 de março de 2009

Trotes em Universidades


Trotes são bem vindos quando feitos por brincadeira e não ferindo estudantes. Os outros estudantes têm que ter a consciência e aprender diferenciar brincadeira de violência. Segue uma matéria que mostra esse tipo de violência.
Jovem revela que usou produto químico em trote em SP
Suspeita de queimar quatro calouros admitiu ter jogado creolina
A estudante de pedagogia Layanne Cristine da Silva, suspeita de queimar quatro calouros durante trote na Fundação Municipal de Educação e Cultura de Santa Fé do Sul, no interior de São Paulo, admitiu em depoimento à polícia que foi a responsável por jogar o produto químico. A estudante Priscila Vieira Muniz, grávida de quatro meses, ficou ferida. Porém, Layanne negou ter jogado a substância nas costas de outras três vítimas: Adrian Garcia, Priscila Callado Soares e Jéssica Silva Rezende. Em depoimento ao delegado da Mulher, Gervásio Favaro, a acusada disse que comprou creolina para jogar nos calouros, mas não sabia das consequências que a "brincadeira" poderia ocasionar. Ela afirmou que jogou o produto em outro aluno, que a polícia espera ouvir na próxima semana. Layanne negou ter misturado outras substâncias com a creolina, o que teria provocado as queimaduras. No entanto, a polícia suspeita da versão da estudante e tem o depoimento de uma segunda vítima, Priscila Soares, que reconheceu Layanne por fotos. A polícia espera resultados de laudos periciais sobre as lesões para concluir o inquérito e indiciar Layanne.

segunda-feira, 23 de março de 2009

Che Guevara


"Nossos filhos devem possuir as mesmas coisas que as outras crianças, mas eles devem também ser privados daquilo que falta às outras crianças".

Nascido em 14 de junho de 1928 na cidade de Rosário, Guevara foi o primeiro dos cincos filhos do casal Ernesto Lynch e Celia de la Serna y Llosa. Sua mãe foi a principal responsável por sua formação porque, mesmo sendo católica, mantinha em casa um ambiente de esquerda e sempre estava cercada por mulheres politizadas.
Desde pequeno, Ernestito - como era chamado - sofria ataques de asma e por essa razão, aos 12 anos, se mudou com a família para as serras de Córdoba, onde morou perto de uma favela. A discriminação para com os mais pobres era comum à classe média argentina, porém Che não se importava e fez várias amizades com os favelados. Estudou grande parte do ensino fundamental em casa com sua mãe. Na biblioteca de sua casa - que reunia cerca de 3000 livros - havia obras de Marx, Engels e Lenin, com os quais se familiarizou em sua adolescência.
Em 1947, Ernesto entra na Faculdade de Medicina da Universidade de Buenos Aires, motivado em primeiro lugar por sua própria doença, desenvolvendo logo um especial interesse pela lepra.
Em 1952, realiza uma longa jornada pela América do Sul com o melhor amigo, Alberto Granado, percorrendo 10.000 km em uma moto Norton 500, apelidada de 'La Poderosa'. Observam, se interessam por tudo, analisam a realidade com olho crítico e pensamento profundo. Os oito meses dessa viagem marcam a ruptura de Guevara com os laços nacionalistas e dela se origina um diário. Aliás, escrever diários torna-se um hábito para o argentino, cultivado até a sua morte.
No Peru, trabalhou com leprosos e resolveu se tornar um especialista no tratamento da doença. Che saiu dessa viagem chocado com a pobreza e a injustiça social que encontrou ao longo do caminho e se identificou com a luta dos camponeses por uma vida melhor. Mais tarde voltou à Argentina onde completou seus estudos em medicina. Foi convocado para o exército, porém, no momento estava incompatibilizado com a ideologia peronista. Não admitia ter de defender um governo autoritário. Portanto, no dia da inspeção médica, tomou um banho gelado antes de sair de casa e na hora do exame teve um ataque de asma. Foi considerado inapto e dispensado.
Já envolvido com a política, em 1953 viajou para a Bolívia e depois seguiu para Guatemala com seu novo amigo Ricardo Rojo. Foi lá que Guevara conheceu sua futura esposa, a peruana Hilda Gadea Acosta e Ñico Lopez, que, futuramente, o apresentaria a Raúl Castro no México.
Na Guatemala, Arbenz Guzmán, o presidente esquerdista moderado, comandava uma ousada reforma agrária. Porém, os EUA, descontentes com tal ato que tiraria terras improdutivas de suas empresas concedendo-as aos famintos camponeses, planejou um golpe bem sucedido colocando no governo uma ditadura militar manipulada pelos yankees. Che ficou inconformado com a facilidade norte-americana de dominar o país e com a apatia dos guatemaltecos. A partir desse momento, se convenceu da necessidade de tomar a iniciativa contra o cruel imperialismo.
Com o clima tenso na Guatemala e perseguido pela ditadura, Che foi para o México. Alguns relatos dizem que corria risco de vida no território guatemalteco, mas essa ida ao México já estava planejada. Lá lecionava em uma universidade e trabalhava no Hospital Geral da Cidade do México, onde reencontrou Ñico Lopez, que o levou para conhecer Raúl Castro. Raúl, que se encontrava refugiado no México após a fracassada revolução em Cuba em 1953, se tornou rapidamente amigo de Che. Depois, Raúl apresentou Che a seu irmão mais velho Fidel que, do mesmo modo, tornou-se amigo instantaneamente. Tiveram a famosa conversa de uma noite inteira onde debateram sobre política mundial e, ao final, estava acertada a participação de Che no grupo revolucionário que tentaria tomar o poder em Cuba.
A partir desse momento começaram a treinar táticas de guerrilha e operações de fuga e ataque. Em 25 de novembro de 1956 os revolucionários desembarcam em Cuba e se refugiam na Sierra Maestra, de onde comandam o exército rebelde na bem-sucedida guerrilha que derrubou o governo de Fulgêncio Batista. Depois da vitória, em 1959, Che torna-se cidadão cubano e vira o segundo homem mais poderoso de Cuba. Marxista-leninista convicto, é apontado por especialistas como o responsável pela adesão de Fidel ao bloco soviético e pelo confronto do novo governo com os Estados Unidos.
Guevara queria levar o comunismo a toda a América Latina e acreditava apaixonadamente na necessidade do apoio cubano aos movimentos guerrilheiros da região e também da África. Da revolução em Cuba até sua morte, amargou três mal-sucedidas expedições guerrilheiras. A primeira na Argentina, em 1964, quando seu grupo foi descoberto e a maioria morta ou capturada. A segunda, um ano depois de fugir da Argentina, no antigo Congo Belga, mais tarde Zaire e atualmente República Democrática do Congo. E por fim na Bolívia, onde acabaria executado.
Sem a barba e a boina tradicionais, disfarçado de economista uruguaio, Che Guevara entrou na Bolívia em novembro de 1966. A ele se juntaram 50 guerrilheiros cubanos, bolivianos, argentinos e peruanos, numa base num deserto do Sudeste do país. Seu plano era treinar guerrilheiros de vários países para começar uma revolução continental.
Guevara foi capturado em 8 de outubro de 1967. Passou a noite numa escola de La Higuera, a 50 quilômetros de Vallegrande, e, no dia seguinte, por ordem do presidente da Bolívia, general René Barrientos, foi executado com nove tiros numa escola na aldeia de La Higuera, no centro-sul da Bolívia, no dia seguinte à sua captura pelos rangers do Exército boliviano, treinados pelos Estados Unidos.
Sua morte, no dia 9 de outubro de 1967, aos 39 anos, interrompeu o sonho de estender a Revolução Cubana à América Latina, mas não impediu que seus ideais continuassem a gozar de popularidade entre as esquerdas.
Os boatos que cercaram a execução de Che Guevara levantaram dúvidas sobre a identidade do guerrilheiro. A confusão culminou no desaparecimento dos seus restos mortais, encontrados apenas em 1997, quando o mundo recordava os trinta anos de sua morte, sob o terreno do aeroporto de Vallegrande. O corpo estava sem as mãos, amputadas para reconhecimento poucos dias depois da morte, e contrabandeadas para Cuba.
Em 17 de outubro de 1997, Che foi enterrado com pompas na cidade cubana de Santa Clara (onde liderou uma batalha decisiva para a derrubada de Batista), com a presença da família e de Fidel. Embora seus ideais sejam românticos aos olhos de um mundo globalizado, ele se transformou num ícone na história das revoluções do século XX e num exemplo de coerência política. Sua morte determinou o nascimento de um mito, até hoje símbolo de resistência para os países latino-americanos.

sexta-feira, 20 de março de 2009

Mudanças e reajustes empurrados goela abaixo

Décimo quarto jornal de rua produzido pelo coletivo CMI-Joinville. Leia, imprima, divulgue, cole. Seja a mídia!

Fonte: http://www.midiaindependente.org/pt/blue/2009/03/442228.shtml

quinta-feira, 19 de março de 2009

Estudantes de SC participam de projeto da ONU para o desenvolvimento humano no Brasil

Alunos da rede pública vão dizer em que o Brasil precisa melhorar


Na próxima segunda-feira começa o projeto Ponto a Ponto do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud). Os estudantes catarinenses também vão discutir temas relacionados ao meio onde vivem. As sugestões vão estar num relatório nacional que deve ser divulgado em 2010. Em Santa Catarina, mais de 450 mil alunos da rede estadual de ensino vão participar do programa. Até a próxima sexta-feira, eles responderão à pergunta: "o que precisa mudar no Brasil para sua vida melhorar de verdade?" Os estudantes poderão responder pela internet no site do projeto Brasil Ponto a Ponto ou em formulários distribuídos nas escolas que ainda não têm computadores. — É neste momento em que a criança, o adolescente e a comunidade em geral podem estar discutindo quais as melhores formas de melhorar as condições de vida em nosso planeta — diz a gerente de Valorização da Secretaria de Estado da Educação, Elizete Ouriques.

Relatório nacional

O projeto criado pelo Pnud, ligado á Organização das Nações Unidas (ONU), está presente em 18 estados brasileiros. O resultado da pesquisa feita com alunos vai ajudar na definição do tema para o próximo relatório de desenvolvimento humano do país. — Todas as informações recolhidas podem servir para duas coisas: orientar políticas públicas e também para as próprias pessoas. É o que elas podem fazer, num momento seguinte, para juntas, superar essa situação — explica o coordenador de Desenvolvimento Humano no Brasil do Pnud, Flávio Comin.

Fonte:http://www.clicrbs.com.br/anoticia/jsp/default.jsp?uf=1&local=1&newsID=a2439405.htm

quarta-feira, 18 de março de 2009

Passe Livre em Maringá



Passe Livre vai atender 22.253 estudantes em Maringá

5.102 alunos solicitaram o benefício pela primeira vez, enquanto 17.151 estudantes pediram a recarga dos cartões
Publicado em: 11/03/2009 09:48
Assessoria de Imprensa
A Secretaria de Transportes finalizou o balanço das solicitações do Passe Livre do Estudante, que este ano vai atender 22.253 alunos da rede pública e particular. Segundo o levantamento da Setran, 5.102 alunos solicitaram o benefício pela primeira vez, enquanto 17.151 estudantes pediram a recarga dos cartões magnéticos.

O secretário de Transportes, Walter Guerlles, comenta que o número de beneficiados com o Passe Livre está dentro do previsto. "A nossa expectativa era atender 22 mil estudantes este ano, e recebemos um pouco mais. Nosso compromisso é atender todos os estudantes que desejam receber o benefício e que se enquadrem na legislação, e assim foi feito", diz Guerlles, elogiando o trabalho da equipe da Setran.

"Trabalhamos em ritmo acelerado para entregar os cartões o quanto antes. Parabéns para a equipe da Secretaria que conseguiu entregar os cartões num tempo recorde, em até três dias depois de solicitados, enquanto o prazo por lei é de trinta dias".


fonte: http://www.tribunadonorte.com/index.php?setor=DETALHESNOTICIA&nid=288517

terça-feira, 17 de março de 2009

A Sociedade de Consumo


Enquanto houver um Deus para cada religião, enquanto a cor da pele de um homem distinguir suas qualidades de ser humano, enquanto houver uma só criança sonhando com o hambúrguer que você come e com a coca-cola que você toma. Sempre, sempre haverá guerra.

Fonte: http://www.mochileiroselvagem.com/2008/10/fim-do-mundo-consumista-em-2012crise.html

segunda-feira, 16 de março de 2009

Afinal, o que é o Estágio?


 É a oportunidade para que os estudantes coloquem em prática os conhecimentos adquiridos em sala de aula, de maneira que possam vivenciar no dia a dia a teoria, absorvendo melhor os conhecimentos, podendo refletir e confirmar sobre a sua escolha.

O estágio curricular, seja ele obrigatório ou não obrigatório, tem a função de propiciar ao estagiário o aprendizado social, profissional e cultural, tendo como resultado uma reflexão real e futurista dos novos cenários sócio-econômicos.

O estágio não é um emprego. Ele é um complemento do aprendizado dos cursos de nível médio, técnicos ou superiores, regido pela lei nº 6494 de 07 de dezembro de 1977 e regulamentado através do decreto nº 87.497 de 18 de agosto de 1982.

Governo federal regulamenta estágio no serviço públicoPDFImprimirE-mail

A Secretaria de Recursos Humanos do Ministério do Planejamento publicou nesta sexta-feira (31) a Orientação Normativa nº 7, que regulamentou o estágio em órgãos públicos do Executivo federal, para atender às exigências da nova lei geral de estágios (lei nº 11.788/08),sancionada em setembro pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.


Para um Conhecimento Mais Completo da Lei do Estagio e as Novas normas, o grêmio disponibiliza o endereço de acesso do CIEE-SC.


 http://www.cieesc.org.br/site/index.php?option=com_content&view=article&id=91:governo-federal-regulamenta-estagio-no-servico-publico&catid=52:noticias-site&Itemid=80


Para que nós jovens possamos obter um maior conhecimento sobre nossos direitos, o estágio é importante para que como já dito obtenhamos não só apenas um conhecimento teórico mas também um prático para que saibámos se de fato queremos esta profissão para nossas vidas, querer é poder, e conhecimento é um caminho certo para isto, Grande Abraço.


Johannes Halter

Diretoria do Grêmio Estudantil.

sexta-feira, 13 de março de 2009

Reunião com Prefeito, e Manifestação de Caráter Informativo



 No dia de ontem ocorreu a reunião da Frente de Luta pelo Transporte Público, na qual entre outras tantas entidades que compõe a frente estava os representantes do Grêmio Estudantil Presidente Médici, Johannes e Iago, nesta reunião foram debatidos vários pontos com respeito ao transporte público da cidade, dentre tantos pontos abordados foi deliberado que, a prefeitura e o próprio prefeito coincidiram como validos os argumentos apresentados no Manifesto da Frente que se posiciona contra o aumento da tarifa e luta entre outros pelo Passe Livre Estudantil, a prefeitura e o prefeito também coincidiram em formar uma planilha que seja apresentada por uma instituição idônea, que não esteja envolvida com os pontos políticos da cidade, que dentro de uma prazo de noventa dias seja realizado seminários para explicar a planilha revista e correta sobre o transporte coletivo na cidade, sendo assim, a reunião foi uma vitória para os movimentos sociais da cidade, apesar de que este foi o primeiro passo de uma longa caminhada que está por vir, nós, estudantes, temos a consciência de que nós temos a oportunidade e o direito de nos mobilizarmos e mostrarmos a nossa opinião que é contraria a este aumento abusivo, por ferir ainda mais o nosso direito de ir e vir, o direito de acesso a educação o direito a cultura, o direito ao acesso ao teatro, cinema, museus e pontos de lazer da cidade, vamos caminhar todos juntos, homens e mulheres, secundaristas e universitários, estudantes e trabalhadores, para uma cidade melhor para todos nós.

 

 

 


 

 Após a reunião uma manifestação ocorreu na praça da bandeira em frente ao terminal central onde estudantes de todos os lugares de Joinville estiveram presentes, manifestação que teve um caráter de informar aos estudantes e trabalhadores o que foi retirado da reunião com o Prefeito Carlito.

 Contando com a presença de cerca de 100 pessoas, a manifestação contou com a presença de 30 estudantes da Escola de Educação Básica Presidente Médici, todas mobilizadas pelo Grêmio Estudantil Presidente Médici, onde cada uma delas obteve e exerceu sua cidadania, e esta foi a primeira de outras, o que podemos aprender desta manifestação é que para as outras que virão nós estaremos com o dobro de vontade, o dobro de ânimo, o dobro de consciência e o dobro de pessoas presentes.

 

Johannes Halter

Diretoria do Grêmio.

quinta-feira, 12 de março de 2009

MANIFESTO DA FRENTE DE LUTA PELO TRANSPORTE PÚBLICO


A possibilidade de um novo aumento nas tarifas do transporte coletivo levou os movimentos populares, entidades estudantis e organizações partidárias a formar no dia 12 de fevereiro de 2009, a Frente de Luta pelo Transporte Público. Os militantes presentes de diversas organizações aprovaram o seguinte Manifesto:

1. A Frente de Luta pelo Transporte Público nasce em um momento ímpar na história da cidade de Joinville. Depois de várias tentativas, Carlito Merss do PT é eleito sob o discurso da transparência e do diálogo, correspondendo à esperança de mudança na condução da política em nossa cidade. Porém, no início de seu mandato se desenha uma inaceitável contradição: o possível aumento nas tarifas do transporte coletivo.

2. Os governantes da cidade sustentaram até hoje um escandaloso monopólio ilegal no serviço público de transporte coletivo. Tal monopólio inconstitucional se perdura por quarenta anos beneficiando as empresas Gidion e Transtusa. O prefeito Carlito Merss, inclusive, questiona a legitimidade desta concessão através de uma Ação Popular que tramita no judiciário catarinense desde 1996.

3. A tarifa do transporte coletivo de Joinville já atingiu R$ 2,05 (passagem antecipada) e R$ 2,50 (passagem embarcada), se tornando uma das mais caras do Brasil. Este valor inviabiliza a mobilidade urbana, principalmente aos usuários mais humildes. A situação é absurda, pois é mais barato se deslocar dentro da cidade de carro do que de ônibus, o que tem tornado as vias urbanas quase intransitáveis. Mas os empresários do transporte não estão contentes. Eles querem mais um aumento: 12,2%. Isso elevaria a tarifa ao patamar de R$ 2,30. Como se não bastasse, a tarifa embarcada, que é mais um crime contra os usuários, poderá chegar a R$ 2,70.

4. Os empresários ignoram o descontentamento popular que obrigou o tema transporte coletivo ser muito bem pautado nos dois turnos da última campanha eleitoral, com promessas de redução da tarifa para R$ 1,80. Argumentos para reduzir a tarifa não faltam: implantação dos corredores de ônibus, extinção de quase todas as Linhas Diretas, cancelamento de 64 horários no sentido Tupy-Centro e 12 linhas do Pega Fácil.

5. Somando a remuneração de capital R$ 500 mil, o "salário" dos diretores R$ 130 mil e o valor mensal repassado à Passebus R$ 230 mil, os empresários engordam suas contas bancárias em quase um milhão por mês. Se as empresas fossem públicas, estes três itens seriam desnecessários, o que reduziria a tarifa imediatamente para R$ 1,80, conforme prometido na campanha eleitoral.

6. O prefeito Carlito já informou no jornal A Notícia em 11 de fevereiro de 2009, que considera a possibilidade de aumentar no índice da inflação o valor da tarifa. "Minha vontade era dar a inflação, já que eles têm data-base (negociação salarial) em maio", declarou. Mas se esta lógica for levada até o fim, então o prefeito teria que baixar a passagem, já que o valor atual está 109,2% acima da inflação dos últimos 12 anos. Ou seja, de 1996 a 2008, a inflação acumulada no período foi de 132,4% ao passo que a tarifa subiu 241,6%.

7. A declaração do prefeito foi infeliz, já que havia se comprometido durante a campanha eleitoral a discutir os preços da tarifa e no segundo turno, incorporou proposta de outro candidato que falava em reduzir a tarifa para R$ 1,80.

8. A Frente considera positivo o ato do prefeito de disponibilizar a planilha na internet, bem como um blog para o debate. Mas salienta que a discussão não se fechará no aspecto técnico. O transporte coletivo é um serviço público essencial que deve ser garantido a todos que precisam. Porém, essa realidade é impossível com o atual valor da tarifa.

Tendo em vista este Manifesto, a Frente de Luta pelo Transporte Coletivo apresenta para o debate público, o seguinte programa:

Não ao aumento das tarifas de ônibus.

Compreendemos que o aumento das tarifas de ônibus tem apenas um propósito: fazer com que as empresas de ônibus não emagreçam seus lucros. Faz tempo que as empresas Gidion e Transtusa eliminaram mais de quinhentos cobradores. Economizaram ainda com a eliminação do Pega-fácil, com o cancelamento de horários no sentido Tupy-Centro, com a extinção da maioria das Linhas-Diretas, com a implementação dos corredores de ônibus, entre outros. Há motivos suficientes para reduzir a passagem, ao invés de aumenta-la.

Quem mais se prejudica com o aumento das passagens são os trabalhadores ? que apesar de terem vale-transporte, pagam o passe dos filhos estudantes ? e os trabalhadores informais. Ou seja: a maioria da população joinvilense só tem a perder com o aumento, enquanto quem ganha são apenas duas famílias que se tornaram poderosas com a riqueza adquirida em quarenta anos de monopólio. Por esse motivo, a Frente de Luta pelo Transporte Coletivo diz NÃO AO AUMENTO. Todos os esforços serão envidados para BARRAR essa barbaridade que prejudicará o povo trabalhador.

Não ao subsídio para as empresas de transporte coletivo.

Entendemos que o subsídio às empresas de transporte coletivo nada mais é do que TRANSFERIR dinheiro público para lucros privados. De forma alguma o dinheiro público, fruto de nossos impostos, deve ter outro destino que não seja investimento na educação, saúde, moradia, etc.

Gidion e Transtusa se beneficiam de forma irregular, com exclusividade, mas sem licitação há 40 anos, com um belo pacote de benefícios. Os empresários tentam enganar a opinião pública através de gente da imprensa joinvilense regiamente paga ou patrocinada, afirmando que estão tendo prejuízo. Mentira descarada.

Auditoria nas planilhas realizada por um instituto independente e idôneo.

Não há qualquer confiança nos dados apresentados pelas empresas. Afinal, como acreditar num documento produzido por quem se beneficia de forma irregular através de um monopólio de quarenta anos? O Movimento Estudantil, ao estudar a planilha há alguns anos, constatou uma série de superfaturamentos nos valores do combustível, pneus, manutenção, entre outros. Para não haver dúvidas sobre os valores, é preciso que a planilha seja submetida a auditoria de técnicos independentes e idôneos.

Auditorias semelhantes foram realizadas em Blumenau (2006), Curitiba e São Paulo, apresentando sempre o mesmo resultado: redução nas tarifas.

O Poder Executivo de Joinville, que é o poder concedente, tem o dever de determinar e custear uma auditoria das planilhas que não deixem qualquer dúvida sobre o custo das empresas e como forma de reduzir os preços das passagens.

Debate do aumento com a população através de audiências públicas e reuniões nos bairros.

Acreditamos que um governo do PT deve abrir a "caixa-preta" do transporte coletivo que estava guardada a "sete chaves" durante tantos anos, através de audiências públicas para ouvir a população. Porém, esse debate não deve ficar restrito à Câmara de Vereadores. O mesmo deve ser promovido nos bairros, universidades, escolas. Se a prefeitura não promovê-los, a própria Frente o fará.

Passe Livre Estudantil sem aumento de tarifa.

O Passe Livre Estudantil é uma reivindicação histórica da juventude de Joinville. O atendimento dessa demanda vai garantir aos estudantes o pleno acesso e permanência à escola, à educação, às bibliotecas, ao cinema, à cultura em geral e aos espaços públicos da cidade.

Metade dos bairros da cidade não tem, por exemplo, escolas de ensino médio. Escolas profissionalizantes dão para contar nos dedos. As faculdades são em regiões centrais ou no Bom Retiro. Como o estudante humilde vai fazer este deslocamento se não utilizar o transporte coletivo? Quantos abandonam as salas de aula por falta de condições financeiras para pagar o transporte? Isso é justo? Isso não contraria os artigos 205 e 206 da Constituição Federal que trata do dever do Estado e da família em garantir o acesso e permanência do estudante à escola?

O Passe Livre jamais poderá acarretar aumento de tarifa para os outros usuários. Ele é um direito, e não uma conta a ser paga por outros setores. O Poder Público que garanta o financiamento deste transporte. Assim estará cumprindo o que diz a nossa Carta Magna.

Criação de uma empresa pública de transporte.

Em 2013 vence a concessão ilegal do transporte coletivo à Gidion e Transtusa. É preciso que o povo trabalhador, os movimentos populares e estudantil, bem como os sérios formadores da opinião pública, defendam o retorno deste serviço para a prefeitura municipal, através da constituição de uma empresa pública de transporte coletivo. Para entender os motivos, basta ler as argumentações e informações escritas acima. Basta do transporte coletivo ser uma fonte de lucro de duas famílias ao custo do suor do povo trabalhador.

Assinam esse programa os seguintes movimentos, entidades e organizações políticas:

Movimento Passe Livre Joinville (MPL) Diretório Acadêmico de Comunicação Social Cruz e Souza (Dacs/Ielusc) Centro Acadêmico Livre de História Eunaldo Verdi (Calhev/Univille) Juventude Revolução (JR) Grêmio Estudantil do João Rocha Grêmio Estudantil do Presidente Médici Grêmio Estudantil do João Colin l União Joinvilense dos Estudantes Secundaristas (UJES) Federação das Associações de Moradores de Joinville (FAMJO) Associação dos Praças de Santa Catarina (APRASC) Coletivo Contra Parte Movimento dos trabalhadores na Educação (MOTE) Movimento dos Servidores Públicos Municipais (MOVIMENTAÇÃO) Centro de Direitos Humanos (CDH).

URL: http://barraroaumento.blogspot.com/

Fonte: http://prod.midiaindependente.org/pt/blue//2009/03/442484.shtml

quarta-feira, 11 de março de 2009

Ata da Reunião dia 03 de março de 2009



Dia três de março de dois mil e nove, é realizada a terceira reunião quinzenal do grêmio estudantil Presidente Médici, na E.E.B. Presidente Médici em 2009, tendo como pauta e discussão primeiramente a manifestação que ocorrerá no dia doze de março, sendo explicada por Iago.

 

-Iago explicou sobre o que ocorrerá antes da manifestação, que será uma reunião da Frente Pelo Transporte Coletivo com o Prefeito de Joinville, Carlito Merss, discutindo o aumento da tarifa de ônibus, e como ocorrerá a manifestação após esta reunião.

 

 O segundo ponto de discussão foi apresentado por Johannes, sobre o processo de panfletagem na escola convocando os alunos para a manifestação.

 

-Johannes explicou que a panfletagem seria necessária antes da chegada dos alunos na escola, e que seria um esforço de todos, chegando cedo, no dia dez de março, e dando inicio ao processo de panfletagem até o momento de bater o sinal de inicio das aulas, as sete e meia da manhã.

 

 O terceiro ponto abordado foi a pesquisa apresentada por Iago para ser realizada entre os alunos do turno matutino e noturno que compõe o ensino médio da escola.

 

-Iago argumentou que essa pesquisa seria feita para possuir um levantamento de quantos alunos da escola usam ônibus e bicicleta para se locomover a escola, ele próprio ficou responsável de organizar esta pesquisa junto com outros alunos.

 

 O quarto ponto de discussão foi a apresentação de um projeto de dança apresentados pelos alunos Avelino do terceiro ano e Junior do primeiro ano.

 

-Avelino Expôs a idéia do projeto, que é a de inclusão, cultura e conhecimento dos alunos, e ficou responsável junto com outros membros do grêmio de organizar este projeto junto aos órgãos e pessoas responsáveis.

 

 O quinto e Último ponto de discussão foi a idéia de um projeto em formulação referente ao esporte em nossa escola.

 

A reunião contou com a presença de 16 pessoas, e com a colaboração de um integrante da comunidade escolar da Escola Técnica Tupy.

 

Deliberações argumentadas nas falas a cima.

 

Ata Formulada por Jean Carlos de Souza

E publicada por Johannes Halter

Tendo como Secretária e responsável por publicar as atas em diário oficial Daniela Prim. 

terça-feira, 10 de março de 2009

Do baú



Quem se der ao trabalho de vasculhar o processo de número 038.96.004642-8 em tramitação no Fórum de Joinville terá uma bela surpresa. Na ação, o então deputado Carlito Merss (PT) aciona ex-prefeitos de Joinville e a Gidion e Transtusa cobrando a anulação das permissões para as duas empresas explorar o transporte coletivo.

Carlito apresentou a ação em junho de 1996, no início da campanha eleitoral para a disputa pela Prefeitura – o petista ficou em terceiro e Luiz Henrique foi eleito.

segunda-feira, 9 de março de 2009

Se critério é inflação, tarifa deveria ser de R$ 1,17


O prefeito Carlito Merss (PT) já demonstrou que pretende dar o aumento nas tarifas do transporte coletivo pelo índice da inflação. Ao defender esse critério para reajustar a tarifa, o poder público tenta confundir as pessoas. Afinal de contas, o que determina o aumento? As planilhas de custo, a inflação ou a gorda taxa de lucros dos empresários (que nunca é divulgada)?

Esse conversa mole de inflação é só para dar legitimidade ao aumento. Em 12 anos, Gidion e Transtusa aumentaram as tarifas 109,2% acima da inflação. Se desde 1996, quando a passagem era apenas R$ 0,60, os reajustes tivessem seguido esse critério, nossa tarifa seria de apenas R$ 1,07. Somados os 9,91% dos últimos 18 meses, o pedido de aumento atual seria para uma tarifa de R$ 1,17.

Carlito disse à imprensa que tem vontade de dar o aumento pela inflação em maio, quando os trabalhadores das empresas de ônibus estão em negociação salarial. Não podemos aceitar um aumento tão mentiroso tão falso. Nós, como Frente de Luta pelo Transporte Público, queremos uma auditoria imediata nas planilhas de custo.

Em Blumenau, após um estudo similar pedido pelo Ministério Público, em 2006, a passagem caiu R$ 0,05. É pouco? Sim. Mas é melhor do que um aumento de R$ 0,30. Em Curitiba, o Ministério Público acaba de pedir cópia das planilhas para avaliar se a capital paranaense deve ou não conceder o aumento de 15,7% nas tarifas, ocorrido no dia 12 de janeiro. Perguntamos então, porque o MP daqui não toma posicionamento semelhante?

Sem falar, é claro, que caso Carlito realmente dê o aumento, estará jogando na lata do lixo seu compromisso de campanha em reduzir as passagens. Compromisso reafirmado após Carlito incorporar a promessa de Kennedy Nunes (PP) no segundo turno, de reduzir a passagem para R$ 1,80.

E se a tarifa aumentar, o PP sairá do governo em protesto? É a Secretaria de Infra-estrutura (Seinfra) que comanda a área de transportes. Secretaria essa liderada pelo candidato a vice de Kennedy, Nelson Trigo. E agora? O PP vai ser contra o aumento? Os movimentos sociais estarão unidos dentro da Frente para barrar esse aumento nas tarifas. O povo não pode mais pagar pelo lucro desenfreado de duas famílias.

Frente de Luta pelo Transporte Público
URL: http://barraroaumento.blogspot.com/


Fonte:
http://www.midiaindependente.org/pt/blue/2009/02/440917.shtml

sexta-feira, 6 de março de 2009

Estudantes protestam contra aumento de tarifa de ônibus na Capital.Manifestantes circularam com faixas por ruas do Centro.

Estudantes querem municipalização do transporte coletivo em Florianópolis - Foto Glaicon Covre

Cerca de 120 estudantes participaram de uma manifestação contra o aumento da tarifa de ônibus em Florianópolis, no final da tarde desta quinta-feira. Os manifestantes partiram do Terminal de Integração do Centro (Ticen) com faixas e andaram pelo Centro da Capital. Uma manifestação semelhante já havia ocorrido na quarta-feira. Os estudantes reivindicam a suspensão imediata do aumento da tarifa e a municipalização da Cotisa, empresa que administra os terminais de ônibus da Capital. Victor Khaled, de 22 anos, um dos membros da Frente de Luta Contra o Aumento disse que se a Cotisa fosse administrada pela prefeitura, a tarifa de ônibus baixaria em 10%. Os estudantes também cobram a construção de áreas públicas nos terminais, o que estaria previsto no contrato da Cotisa com a prefeitura e não teria sido cumprido. Os manifestantes são contra o processo licitatório que a prefeitura pretende implantar para a contratação de empresas privadas para explorar o transporte público. De acordo com eles, é impossível conciliar os interesses de empresas privadas com o da população. Segundo o comandante do 4º Batalhão da Polícia Militar (PM), tenente-coronel Newton Ramlow, duas operações contra crimes tiveram de ser interrompidas para acompanhar a manifestação. Um efetivo de 50 homens foi utilizado. Segundo ele, este número de policiais é necessário, pois, em manifestações anteriores o Ticen foi vandalizado e foram quebradas vitrines de lojas no Centro da Capital. Ramlow suspeita que a maioria dos manifestantes não seja estudante. De acordo com ele, um rapaz preso na manifestação ocorrida na quarta-feira não tinha nenhum comprovante de que seria estudante.

Diário Catarinense
Dia 12 é nossa vez de reivindicar!

quinta-feira, 5 de março de 2009

Na mesma


Carlito Merss não mudou um mícron na sua posição sobre o aumento do transporte coletivo. Que é não ter posição alguma. O prefeito de Joinville diz que vai “zerar” a discussão com a sociedade, ouvir tudo de todos para depois tomar uma posição. Carlito aguarda ainda o resultado da análise da planilha, tocada por técnicos do Ippuj. Não há data para a conclusão do trabalho. “Não tem pressa. O governo anterior não quis dar aumento por causa da eleição e agora eu que tenho de me apressar?”.

Jefferson Saavedra

Fonte:
http://www.clicrbs.com.br/anoticia/jsp/default2.jsp?Uf=2&local=18&source=a2412999.xml&template=4191.dwt&edition=11764&section=941

quarta-feira, 4 de março de 2009

Tarifa em Pauta na Mídia de Joinville


O aumento das tarifas de transporte coletivo urbano está novamente na pauta da mídia de Joinville e das entidades de representação dos trabalhadores e da juventude. E, como tradicionalmente acontece, o impasse já está estabelecido antes mesmo do início das negociações. No que diz respeito ao Executivo, nunca experimentamos um processo de democratização do debate, nem mesmo tivemos acesso ao conteúdo técnico que define, por fim, o percentual de reajuste decidido pelo prefeito.


No âmbito do Legislativo, poucas e isoladas vozes – leia-se vereador Adilson Mariano – posicionam-se exigindo transparência no processo, participação popular e reconhecimento das reivindicações e reclamações dos usuários, boa parte composta por jovens. Poucos se dão ao trabalho de analisar com o devido cuidado que o tema merece as duas faces da mesma moeda. A moeda que a população em geral não possui para bancar os custos da "caixa- preta" que sempre foi a concessão do serviço público da cidade e perdura por 40 anos.Inclusive agora, acompanhando o assunto nos jornais, percebi um determinado preconceito no que diz respeito ao direito de organização popular, como se fosse pecado falar em controle social a incidir sobre os pleitos de majoração de tarifa por parte de concessionária de serviço público ou na luta pelo passe livre para estudantes.


Onde reside o pecado? Por que não acompanhar de perto a iniciativa estudantil que articulou na última semana a Frente Única contra o Aumento da Tarifa, inclusive com o apoio do Centro dos Direitos Humanos de Joinville, e que promete organizar a resistência e barrar o aumento. Para mim, parece tão ruim que um jovem, que trabalha e estuda, seja alijado do direito de acesso à educação, quanto reconhecer como ilegítimas as organizações populares e deixarmos de abrir espaço para que as contradições sejam expostas no debate.A oportunidade está dada e será a primeira prova de fogo do governo de Carlito Merss. Por certo, a população espera que este governo inove na metodologia de análise das razões da Gidion e Transtusa e que esteja atento a todas as manifestações, pois, é bom lembrar, Carlito é autor de ação popular que discute a legitimidade desta concessão, que ainda tramita nos infindáveis meandros do Judiciário catarinense.


terça-feira, 3 de março de 2009

Entenda (ou não) as cotas na meia-entrada.


No ano de 2001, o governo Fernando Henrique Cardoso lançou uma Medida Provisória que impedia a emissão exclusiva de carteirinhas de estudante por parte da UNE e UBES. Desde então, uma onda de falsificações inundou o país.

No mês de dezembro do ano passado, foi aprovada no Senado uma emenda apresentada pela senadora Marisa Serrano (PSDB-MS), que delega às organizações dos estudantes a expedição da carteira estudantil. Juntamente com ela, foi aprovada pela comissão de Educação, Cultura e Esporte uma proposta que limita a meia-entrada para estudantes a 40% do número de ingressos de cinemas, espetáculos artísticos e eventos esportivos. O projeto já foi enviado à Câmara.

Segundo Ismael Cardoso, presidente da UBES, a proposta surgiu de forma positiva, com pontos que a própria UNE e UBES ajudaram a propor. O projeto idealizado pela UNE/UBES previa a regulamentação dos emissores das identidades estudantis por parte de uma comissão que ficaria responsável por fiscalizar as entidades emissoras, sendo responsabilidade da casa da moeda a emissão de um selo comprovando a legalidade das instituições. Porém, não se imaginava que o problema central, que é o grande número de falsificações de carteiras estudantis, ficaria para segundo plano e, em seu lugar, entraria a limitação do direito a meia-entrada estudantil, conquista histórica das entidades estudantis.

A fixação da cota foi uma reivindicação dos artistas. Eles alegam que a meia-entrada causa prejuízo às produções, logo um show que era pra custar 20 reais, sai por 50.
O fato é que o projeto de lei que regulamenta a cobrança da meia-entrada não assegura o direito dos estudantes!
O passo que foi dado contempla os artistas. E a nós estudantes? O que nos garantirá que não seremos enganados pelos empresários da arte? Quem garantirá que os preços irão de fato baixar? E no caso dos ingressos antecipados?

Estimativa duvidosa, reproduzida pela União Nacional dos Estudantes, diz que, em média, apenas 30% do público de eventos culturais são estudantes. A pergunta que não quer calar é: como demonstrar se de fato foi vendida a cota de 40% de entrada?
Sem ou com meia-entrada o preço dos ingressos é abusivo! Muito além de nossa realidade, muito acima do que podemos pagar! Muitos enchem a boca para criticar a pobreza cultural e intelectual da juventude brasileira, mas quando estão prestes a restringir o direito que minimamente nos garante acesso a ela, poucos se mobilizam!

Entendemos que direito não se retira, mas se amplia! Esta cota é uma restrição à conquista histórica dos estudantes!
Senhores deputados, já somos roubados o bastante! Não nos roubem mais esse direito!
NÃO ÀS COTAS!
Bruna Albarnaes

segunda-feira, 2 de março de 2009

Passe Livre Estudantil



1) O que é o passe livre?


O passe livre é um direito. Ele permitirá aos estudantes o acesso pleno a todo o tipo de atividade cultural, desportiva e de desenvolvimento humano, como bibliotecas, teatros, cinemas, praças, locais de lazer, e principalmente, as escolas. O passe livre significa, em sua essência, tornar universal o direito ao acesso à educação, a cultura e ao lazer. Sem restrições.


2) O passe livre é ilegal?


Não. A Lei Maior, que é a Constituição brasileira, prevê em seu artigo 208 que é dever do Estado garantir o acesso a educação. O único defeito da Constituição nesse ponto é que o ensino no Brasil só é obrigatório até a oitava série.Para fazer mudanças na estrutura da sociedade, deve-se garantir educação. Para tanto, antes de qualquer coisa, devemos garantir que as pessoas consigam chegar até as escolas, através do passe livre. Segundo o IBGE, são 39 milhões de pessoas excluídas do sistema de transporte. Esse número é igual a população de Joinville multiplicada 72 vezes.


3) Quem paga o passe livre? O passe livre não vai aumentar a passagem dos outros usuários?


Ao contrário do que dizem os empresários do transporte, o passe livre não vai aumentar a passagem dos outros usuários. Hoje, todas as gratuidades que os idosos, deficientes físicos, carteiros, policiais e tantos outros recebem como direito (e não como “benefício”) são pagas pelos outros usuários. Isso é errado, pois, se são gratuidades, devem ser descontadas dos lucros dos empresários. Na nossa visão, o sistema de transporte, hoje, não é publico. Ele é privado, porque existem empresas que exploram o transporte e usam-no para gerar lucro. Queremos, então, um transporte fora da iniciativa privada. O sistema deve ser municipalizado, recebendo verbas específicas dos governos municipal, estadual e federal.


4) Não é injusto que os estudantes de escolas particulares recebam também o passe livre?


Antes de serem ricos ou pobres, todos são estudantes. Todos têm direito ao acesso a educação, cultura e ao lazer. Não existem leis para os ricos e leis para os pobres. Não há ar para os ricos e ar para os pobres. Dar o passe livre apenas para pessoas com menor renda é esmola, geraria um sistema corruptivo, assistencialista e ineficiente. Além disso, parte das verbas públicas destinadas ao passe livre podem vir de impostos progressivos (quem é mais rico paga mais impostos).


5) Não vai faltar dinheiro para a saúde e para a educação se o passe livre for implantado?


Não. Com a cobrança de impostos sobre a parte mais rica da população, junto ao direcionamento de verbas específicas dos governos municipal, estadual e federal, e, futuramente, com a municipalização do sistema de transportes, será possível bancar o passe livre: se tivermos uma empresa municipal de transporte, ela não precisa de lucro. Só isso já causaria um impacto enorme no preço final da tarifa, manteria um controle maior sobre o transporte por parte da prefeitura e da população, além de tornar viável o passe livre.