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sexta-feira, 27 de março de 2009

Folga e sucesso

E a finitude, sabe-se, é aquela luzinha vermelha que fica acesa o tempo todo, desde que nascemos até ao último suspiro, fazendo-nos lembrar que tudo termina. Um horror. Suportar o trajeto cheio de solavancos do berço à sepultura exige muito amor - e amor sempre foi sinônimo de anestésico.Quem gosta do que faz trabalha o tempo todo. E pode haver melhor anestésico que esse? Vim até aqui por uma singela razão, acabei de "ouvir" um sujeito que enquanto esteve "por aqui" fez-se respeitar. O cara era o tal. Frank Sinatra, o nome dele. Já disse que gosto de biografias, de biografias, claro, que valham a pena.Ontem, pus-me a reler os trechos da biografia de Frank Sinatra que eu, previamente, havia sublinhado. A folhas tantas do livro, Frank Sinatra, um sujeito que soube viver, ainda que no amor tenha sofrido muito, era costumeiramente criticado pelos amigos que cobravam dele mais repouso, mais lazer, mais folgas, mais relaxamento na vida. E Frank, que já era cobra criada quando ouvia esses conselhos, podia, sim, entregar-se a uma vida mais frouxa. Mas ele se irritava com os conselhos. Cercado por amigões como Sammy Davis Jr., Dean Martin e outros iguais, Frank costumava-lhes dar a mesma resposta quando lhe diziam que ele podia pegar mais leve na vida profissional.Frank falava assim: "ninguém que faz sucesso pode se sentar e ficar só desfrutando. É preciso investir o tempo todo, até mais do que quando se é um joão-ninguém. A curtição é apenas um subproduto do sucesso - você se diverte, tudo bem, mas a única diversão de verdade no sucesso é dar duro naquilo que lhe traz o sucesso..." Não é uma preciosidade, leitora? E quantos fazem isso? Bem poucos, raros. De outra parte, quantos "doutorzinhos" vivem na maciota de um nomezinho mais ou menos conhecido ali na esquina? Pelé nunca se deu por convencido enquanto jogava, Pelé treinava, dava duro, queria mais, só parou quando as pernas se lhe entrevaram para correr 90 minutos. Agora uma coisa é certa: só se aplicam intensamente no que fazem os que gostam do que fazem. Impossível motivar alguém que do trabalho só tira o dinheiro. Nesse caso, seja qual for o dinheiro, será dinheirinho. Os guris e gurias que pensem nisso, enquanto têm tempo.-->
Deve ser muito amarga a vida de quem não ama o seu trabalho. Deve ser duríssima essa vida. Já disse aqui, miríade de vezes, que quem tira do trabalho apenas o ganho financeiro, ganhe o que ganhar, será sempre mal pago. Amar o trabalho é a mais formidável anestesia para a consciência da finitude. E a finitude, sabe-se, é aquela luzinha vermelha que fica acesa o tempo todo, desde que nascemos até ao último suspiro, fazendo-nos lembrar que tudo termina. Um horror. Suportar o trajeto cheio de solavancos do berço à sepultura exige muito amor - e amor sempre foi sinônimo de anestésico.Quem gosta do que faz trabalha o tempo todo. E pode haver melhor anestésico que esse? Vim até aqui por uma singela razão, acabei de "ouvir" um sujeito que enquanto esteve "por aqui" fez-se respeitar. O cara era o tal. Frank Sinatra, o nome dele. Já disse que gosto de biografias, de biografias, claro, que valham a pena.Ontem, pus-me a reler os trechos da biografia de Frank Sinatra que eu, previamente, havia sublinhado. A folhas tantas do livro, Frank Sinatra, um sujeito que soube viver, ainda que no amor tenha sofrido muito, era costumeiramente criticado pelos amigos que cobravam dele mais repouso, mais lazer, mais folgas, mais relaxamento na vida. E Frank, que já era cobra criada quando ouvia esses conselhos, podia, sim, entregar-se a uma vida mais frouxa. Mas ele se irritava com os conselhos. Cercado por amigões como Sammy Davis Jr., Dean Martin e outros iguais, Frank costumava-lhes dar a mesma resposta quando lhe diziam que ele podia pegar mais leve na vida profissional.Frank falava assim: "ninguém que faz sucesso pode se sentar e ficar só desfrutando. É preciso investir o tempo todo, até mais do que quando se é um joão-ninguém. A curtição é apenas um subproduto do sucesso - você se diverte, tudo bem, mas a única diversão de verdade no sucesso é dar duro naquilo que lhe traz o sucesso..." Não é uma preciosidade, leitora? E quantos fazem isso? Bem poucos, raros. De outra parte, quantos "doutorzinhos" vivem na maciota de um nomezinho mais ou menos conhecido ali na esquina? Pelé nunca se deu por convencido enquanto jogava, Pelé treinava, dava duro, queria mais, só parou quando as pernas se lhe entrevaram para correr 90 minutos. Agora uma coisa é certa: só se aplicam intensamente no que fazem os que gostam do que fazem. Impossível motivar alguém que do trabalho só tira o dinheiro. Nesse caso, seja qual for o dinheiro, será dinheirinho. Os guris e gurias que pensem nisso, enquanto têm tempo.

Luiz Carlos Prates

2 comentários:

  1. Johannes,Luis Carlos Prates?Os jornalistas de verdade nem o consideram jornalista.As ideias expressadas por ele nao expressam as ideias do gremio,é um burgues que coloca como problema central da escola pública a ''irresponsabilidade'' e a ''mal educaçao em casa dos alunos'',e nem destaca a falta de estrutura e o parco sálario dos professores.

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  2. Entendo, foi uma postagem da Bruna, ela tem o direito de expressar a opnião dela, vamos discutir isto, Abraço (:

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